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Paraguai inicia venda de óleo de cannabis para fins medicinais

Até o momento, somente uma farmácia de Assunção vende os medicamento feito à base de maconha, com aplicação para epilepsia refratária e dores oncológicas

Maconha: vidro de óleo de cannabis para epilepsia tem um preço de 1,8 milhão de guaranis (US$ 323) e as gotas oncológicas de 1,13 milhão (US$ 235) (Getty Images/Getty Images)

Maconha: vidro de óleo de cannabis para epilepsia tem um preço de 1,8 milhão de guaranis (US$ 323) e as gotas oncológicas de 1,13 milhão (US$ 235) (Getty Images/Getty Images)

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EFE

Publicado em 6 de julho de 2017 às 14h57.

Última atualização em 7 de julho de 2017 às 13h30.

Assunção - Os óleos de cannabis para uso terapêutico já estão disponíveis no Paraguai e sob receita controlada, um mês depois que o Ministério de Saúde Pública autorizou a importação através de um laboratório local, informou nesta quinta-feira Luis Ávila, gerente de mercado do laboratório Lasca.

Até o momento, somente uma farmácia de Assunção vende os medicamento feito à base de maconha, com aplicação para epilepsia refratária e dores oncológicas, disse Ávila.

O gerente acrescentou que o vidro de óleo de cannabis para epilepsia tem um preço de 1,8 milhão de guaranis (US$ 323) e as gotas oncológicas de 1,13 milhão (US$ 235), custos mais baratos para o usuário que nos Estados Unidos.

"O produto para a epilepsia nos Estados Unidos custa US$ 500, é um preço subsidiado que o Paraguai foi capaz de trazer para o laboratório em vez de procurar um lucro em outro ponto de vista social", apontou Ávila à "Rádio Nacional".

Ávila acrescentou que o Ministério é o encarregado de vigiar a importação e de comprovar as receitas médicas dos pacientes que se beneficiarão desse tratamento.

"Todos os médicos podem prescrever, sempre e quando estiverem registrados e com o receituário do Ministério de Saúde, com o objetivo de fazer um acompanhamento", disse.

Além disso, Ávila explicou que trata-se de um produto paliativo, no sentido de que ajuda aos outros medicamentos no tratamento da epilepsia e das dores oncológicas.

No final de maio, o ministro de Saúde Pública, Antonio Barrios, anunciou a importação do produto para permitir o acesso a uma "alternativa terapêutica que pretende diminuir o sofrimento de pacientes".

A iniciativa surgiu após o importante número de pedidos para a autorização dessa substância para diminuir a dor, entre eles os da Associação de Pais Cannabis Medicinal Paraguai (Camedpar).

Organizações como a Fundação Mamãe Cultiva o Paraguai também advogaram pela aprovação do cultivo de maconha no Paraguai com fins medicinais.

O Paraguai é o principal produtor de maconha da América do Sul e a compra e venda e produção desta planta é ilegal.

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