Plantas de maconha: droga foi destruída antes de ser colhida (Désirée Martin/AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 14h12.
Assunção - Agentes antidrogas do Paraguai, o maior produtor de maconha da América do Sul, destruíram durante uma operação com o Brasil 747 hectares da planta da qual a droga é extraída, informou nesta segunda-feira a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad).
A droga, achada em enormes quantidades escondidas em zonas florestosas do departamento de Amamabay, foi destruída antes de ser colhida e poderia ter sido comercializada no mercado negro por um valor aproximado de US$ 67 milhões, segundo as autoridades.
Os 747 hectares desse cultivo destruídos na operação que terminou hoje depois de 12 dias poderiam ter gerado 2,2 toneladas de droga.
Os agentes antidrogas destruíram, além disso, cerca de 1,89 tonelada da erva picada e 196 quilos de sementes no marco da operação "Nova Aliança IV", que foi coordenada com a Polícia Federal do Brasil e teve o apoio da Administração para o Controle de Drogas dos EUA. (DEA).
A equipe composta por uma centena de agentes, 3 helicópteros e 15 veículos realizou incursões em zonas florestosas do departamento de Amambay, fronteiriço com o Brasil e local onde são cultivas cerca de 80% da maconha produzida ilegalmente no país.
A Senad calcula que a cada ano são produzidas 35 mil toneladas de maconha no país.
No Paraguai, um quilo de maconha custa US$ 30, enquanto no Brasil não vale menos do que US$ 150, e no Chile pode chegar aos mil dólares, segundo a Senad.
Cerca de 80% dos cultivos de maconha entram no Brasil via por terrestre, enquanto o resto é vendido a outros países como Argentina, Uruguai e Chile, segundo as autoridades.