O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, durante entrevista coletiva em Assunção: "Para mim, o mais importante não é a presidência (do Mercosul)" (AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2014 às 17h21.
O Paraguai já não exigirá a presidência temporária do Mercosul na próxima reunião de Caracas no fim do mês e esperará que seus demais sócios a ofereçam, disse o ministro das Relações Exteriores, Eladio Loizaga.
"Eles terão que definir se vão dá-la ao Paraguai. A presidência temporária será definida no transcurso das consultas. Certamente vão propô-la ao Paraguai", disse Loizaga em declarações a jornalistas.
"Para mim, o mais importante não é a presidência (do Mercosul)", acrescentou o presidente Horácio Cartes ao ser questionado por jornalistas nesta segunda-feira.
O encontro em Caracas marcará o reingresso do Paraguai no Mercosul após sua suspensão por 14 meses como represália pela destituição do ex-presidente de esquerda Fernando Lugo dia 22 de junho de 2012 após quatro anos de governo.
Um mês antes de assumir, em agosto passado, Cartes pediu "como gesto de boa vontade a presidência temporária que nos correspondia".
A Venezuela passou a integrar o Mercosul em junho de 2012 com o respaldo da Argentina, Brasil e Uruguai enquanto o Paraguai estava suspenso.
Meses depois das eleições presidenciais no Paraguai, o país aprovou, em meados de dezembro, a entrada da Venezuela no Mercosul, com a qual o presidente Horácio Cartes foi habilitado a participar da próxima reunião em Caracas, onde o país mediterrâneo se reincorporará oficialmente ao bloco.