Trump: Você deve permanecer de pé, orgulhoso pelo hino nacional, ou não deveria estar jogando, disse o presidente americano (Kevin Lamarque/Reuters)
AFP
Publicado em 24 de maio de 2018 às 11h26.
Os jogadores de futebol americano que não respeitam o hino nacional "talvez não deveriam estar no país", afirmou nesta quinta-feira o presidente Donald Trump.
O presidente elogiou uma nova regra da NFL (a liga de futebol americano) que obriga os atletas a permanecer de pé durante a execução do "Star Spangled Banner". Caso não desejem ficar de pé, os jogadores devem permanecer no vestiário durante o hino.
"Bem, eu penso que isto é bom. Eu não acredito que as pessoas deveriam ficar nos vestiários", afirmou Trump ao programa de televisão "Fox & Friends", um de seus favoritos.
"Você deve permanecer de pé, orgulhoso pelo hino nacional, ou não deveria estar jogando. Não deveria estar ali. Talvez não deveria estar no país", completou.
O presidente afirmou que os donos das equipes da NFL "fizeram o correto" com a nova medida.
No ano passado, Trump chamou os jogadores que se ajoelhavam durante o hino - para chamar a atenção para a injustiça racial - de "filhos da puta" que ofendiam a bandeira a a nação.
As declarações provocaram uma onda de protestos, com atletas de joelhos em todas as partidas da NFL em setembro, o que irritou alguns torcedores e colocou vários proprietários de times, conservadores que apoiaram Trump. em uma posição incômoda à medida que as audiências de alguns jogos registravam queda.
Trump não reivindicou um papel importante na decisão e afirmou as pessoas "pressionaram".
Com as atuais regras da NFL, todos os jogadores devem estar no campo durante o hino. A nova política elimina o requisito, permitindo que os jogadores que não desejam ficar de pé continuem no vestiário.
Se a medida não for obedecida, a equipe será multada.
A Associação de Jogadores da NFL explicou em um comunicado que não foi consultada sobre a nova política e ameaçou desafiar a medida, caso a considere uma violação de seu acordo com a Liga.
O quarterback Colin Kaepernick iniciou os protestos durante o hino em 2016, como uma forma de chamar a atenção para a brutalidade policial, a injustiça social e a desigualdade racial.