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Para Patriota, nacionalização da YPF é ''decisão soberana''

Antonio Patriota e Alfredo Moreno, ministro das Relações Exteriores do Chile, concordam que decisão do governo argentino não afetará as relações entre países

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2012 às 21h49.

Brasília - Os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, e do Chile, Alfredo Moreno, afirmaram nesta quarta-feira que a decisão do governo argentino de expropriar 51% da companhia petrolífera YPF, controlada pela espanhola Repsol, não afetará as relações entre a América Latina e a Europa.

''Não acho que isso terá efeitos na América Latina'', já que ''os mercados são muito sofisticados e diferenciam o que se passa em diferentes países'', afirmou Moreno em entrevista coletiva realizada ao lado de Patriota.

Os dois chanceleres se reuniram hoje em Brasília. Moreno não quis comentar sobre a decisão argentina, mas afirmou que ''a participação do setor privado na economia sempre é muito positiva''.

Patriota, por sua parte, também considerou que a nacionalização da YPF é uma ''decisão soberana'' do governo da presidente Cristina Kirchner, sobre a qual o Brasil não se pronunciará.

O chanceler brasileiro negou que existam temores em relação às empresas brasileiras que operam na Argentina. No entanto, Patriota explicou que as dúvidas que possam existir serão esclarecidas nesta sexta-feira, quando o ministro do Planejamento da Argentina, Julio de Vido, visitará Brasília.

Segundo fontes oficiais, De Vido se reunirá com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e a presidente da Petrobras, Graça Foster, para discutir os negócios da companhia brasileira na argentina.

Os maiores ativos da empresa no exterior estão no país vizinho, no qual a companhia atua por meio de sua subsidiária Petrobras Argentina.

A maioria dos ativos foi adquirido em 2002 do grupo Pérez Companc e estão concentrados em postos de combustível e campos de exploração nas províncias de Neuquén, La Pampa e Chubut.

No mês passado, as autoridades de Neuquén cancelaram a concessão para operação da Petrobras em Neuquén alegando que a companhia não investiu na região como o previsto. 

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