O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, anunciou hoje que enviará uma missão ao Paraguai (World Economic Forum/Flickr)
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2012 às 18h56.
Assunção - O governo do Paraguai considerou que a nova reunião realizada nesta quarta-feira pelo Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) evidenciou que não serão aplicadas sanções contra o país e agradeceu ''a compreensão e o respeito com a realidade paraguaia''.
O Ministério das Relações Exteriores expressou essa postura e também celebrou através de um comunicado a decisão do Conselho Permanente da OEA de ''respaldar o conteúdo e as conclusões'' do relatório emitido pela missão de observação que visitou Assunção no último mês de julho.
''O governo do Paraguai considera que a OEA demonstrou, com essa atitude, responsabilidade, imparcialidade e equilíbrio para avaliar a situação do país, levando em conta todas as visões, de maneira a sugerir medidas construtivas'', expressou a chancelaria.
Além disso, considerou que o encontro da organização multilateral realizado nesta quarta-feira em Washington ''evidenciou que não serão aplicadas sanções ao Paraguai, como tinham proposto alguns governos, cada vez mais minoritários''.
''Desta maneira, a grande maioria dos Estados prefere consolidar a democracia em nossos países com base no consenso e no diálogo, ao invés de ameaças, punições e isolamento'', afirmou o Ministério.
Também se mostrou confiante que a missão de observação que a OEA prevê enviar ao país ''contribuirá positivamente para desvanecer qualquer dúvida que exista quanto à solidez da democracia paraguaia e quanto à transparência dos processos eleitorais''.
''O Ministério das Relações Exteriores vem transmitir o agradecimento da República do Paraguai aos governos dos países irmãos das Américas que atuaram com compreensão e respeito com a realidade paraguaia'', acrescenta o texto.
O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, anunciou hoje que enviará uma missão ao Paraguai a fim de observar o processo eleitoral e o diálogo político com vistas às eleições gerais em abril de 2013.
A decisão do envio, solicitado pelo Tribunal Eleitoral do Paraguai, foi tomada pela Secretaria Geral da OEA, mas não foi aprovada pelo Conselho Permanente, que se mostrou dividido em relação à situação no país.