Foto: Uma das fotos divulgadas pelo telescópio espacial James Webb. (Nasa/Reprodução)
AFP
Publicado em 14 de julho de 2022 às 14h50.
Última atualização em 4 de agosto de 2022 às 13h43.
As impressionantes imagens das primeiras galáxias formadas após o Big Bang, transmitidas pelo telescópio espacial James Webb, revelam o "poder extraordinário" de Deus e "seu amor pela beleza", comentou Guy Consolmagno, diretor do Observatório Astronômico do Vaticano.
"Estamos muito entusiasmados com as novas imagens do telescópio Webb! São imagens lindas (...). É um vislumbre tentador do que podemos aprender no futuro sobre o Universo", o diretor do observatório afirmou através de um comunicado.
Ele acrescentou que "a ciência que deu origem ao telescópio é uma tentativa de usar a inteligência que Deus nos deu para compreender a lógica do Universo, porque o Universo não funcionaria se não fosse lógico".
Mas o Universo, pontuou, "não é só lógico, também é belo". Após a descoberta do primeiro sinal de vapor de água na atmosfera de um exoplaneta, Consolmagno destacou: "Nos é revelada a obra de Deus, e nela podemos ver tanto seu extraordinário poder como seu amor pela beleza".
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"Há 150 anos, o padre Angelo Secchi acrescentou um prisma à lente de seu telescópio no teto da Igreja de São Inácio, em Roma, e realizou as primeiras medições espectrais das atmosferas dos planetas em nosso próprio sistema solar", recorda.
Para a Igreja, a origem do Universo segue sendo divina, ainda que sua doutrina científica tenha evoluído notavelmente no último século.
O papa João Paulo II, em 1992, reabilitou definitivamente Galileu Galilei, condenado em 1633 pela Inquisição por ter apoiado a tese do cientista polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) segundo a qual a Terra gira sobre si própria e ao redor do Sol.
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