Mundo

Para Kerry, Cuba é exceção na América Latina

Governo dos Estados Unidos elogiou algumas mudanças políticas adotadas por Cuba


	John Kerry: secretário de Estado americano ressaltou que "em um Hemisfério onde os cidadãos têm o direito de eleger seus líderes, apenas os cubanos não podem fazê-lo"
 (AFP)

John Kerry: secretário de Estado americano ressaltou que "em um Hemisfério onde os cidadãos têm o direito de eleger seus líderes, apenas os cubanos não podem fazê-lo" (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2013 às 17h01.

Washington - O governo dos Estados Unidos elogiou algumas mudanças políticas adotadas por Cuba, mas considera esse país "uma exceção" na América Latina, afirmou nesta segunda-feira o secretário de Estado americano, John Kerry.

"O Hemisfério Ocidental está unido em seu compromisso para conseguir democracias bem sucedidas. Mas uma exceção, é claro, permanece: Cuba", declarou Kerry em seu primeiro discurso dedicado à América Latina perante a Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington.

O chefe da diplomacia americana disse que seu governo "saúda algumas das mudanças" adotadas em Cuba, mas alertou: "Estas mudanças não devem nos cegar em relação à realidade autoritária que marca a vida dos cubanos".

Kerry, que analisou o fortalecimento da democracia na América Latina, ressaltou que "em um Hemisfério onde os cidadãos têm o direito de eleger seus líderes, apenas os cubanos não podem fazê-lo".

O secretário americano afirmou que desde a sua chegada à Casa Branca, o presidente Barack Obama busca "um novo começo" nas relações com Cuba, e admitiu: "Nossos governos encontram alguma cooperação em questões de interesse comum".

Contudo, apontou que se não houver novas mudanças em Cuba, "é evidente que o século XXI continuará, lamentavelmente, deixando os cubanos para trás".

"Esperamos o dia -e esperamos que chegue logo- em que o governo de Cuba adotará uma agenda ampla de reformas políticas, que permita a seu povo determinar livremente seu futuro", expressou.

Kerry lembrou que, apesar das medidas restritivas, "centenas de milhares de americanos" visitam anualmente Havana e "centenas de milhões de dólares em comércio e transferências" fluem dos Estados Unidos para Cuba.

"Estamos comprometidos com esse intercâmbio humano", afirmou Kerry.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCubaEstados Unidos (EUA)John KerryPaíses ricosPolíticos

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru