População celebra terceiro teste nuclear da Coreia do Norte em evento oficial: o teste fez com que o país fosse condenado por parte da ONU e da comunidade internacional (REUTERS/KCNA)
Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2013 às 08h21.
Seul - A Coreia do Norte advertiu nesta sexta-feira que um endurecimento das sanções da ONU ao país após o terceiro teste nuclear equivaleria a uma "declaração de guerra" e reiterou a ameaça de responder com ataques.
"As sanções contra a RPDC (Coreia do Norte) são exatamente uma ação de guerra e uma declaração de guerra", assinalou o "Rodong Sinmun", jornal do Partido dos Trabalhadores norte-coreano, em informação divulgada pela agência de notícias estatal "KCNA".
O jornal considerou o teste nuclear realizado na terça-feira pelo regime de Kim Jong-un "o exercício do legítimo direito à defesa própria de um Estado soberano" e qualificou como "um grave movimento provocador" as chamadas da Coreia do Sul para endurecer as sanções que a ONU já impõe ao país.
Se o Conselho de Segurança da ONU "endurecer persistentemente as sanções ao acatar as políticas dos EUA, só provocará um impiedoso ataque de vingança" da Coreia do Norte, afirmou o jornal, na retórica bélica que empregam habitualmente os meios de imprensa deste militarizado país.
O "Rodong Sinmun" disse que os supostos ataques norte-coreanos de represálias teriam como alvo "as fortificações de todas as formas de sanções, incluindo a inspeção de navios e o bloqueio marítimo".
As ameaças, similares às realizadas - embora não cumpridas - em outras ocasiões pelo regime norte-coreano, foram produzidas depois que este advertisse ontem, também através do "Rodong Sinmun", que está "totalmente preparado" tanto para as sanções como para a guerra.
Além disso, Pyongyang ameaçou fazer represálias contra os Estados Unidos e seus aliados se o Conselho de Segurança, sob a pressão exercida por estes, tentarem impor novas medidas de castigo.
A Coreia do Norte realizou na terça-feira na base de Punggye-ri, no nordeste do país, seu novo teste nuclear, o terceiro após os realizados em 2006 e 2009, o que fez com que fosse condenado por parte da ONU e da comunidade internacional.
Tanto os EUA como a Coreia do Sul fizeram chamadas ao Conselho de Segurança da ONU para que tome o mais rápido possível novas medidas sancionadoras contra o regime de Kim Jong-un.