O chefe do Estado Islâmico (EI), Abu Bakr Al-Baghdadi, aparece em vídeo postado em sites jihadistas pedindo para que todos os muçulmanos o obedeçam (AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2014 às 15h52.
Bagdá - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) difundiu nesta quinta-feira uma gravação em áudio em que seu chefe, Abu Bakr al Bagdhadi, afirma que os ataques aéreos da coalizão liderada pelos Estados Unidos não deterão a expansão de seu grupo.
Nesta mensagem de 17 minutos, divulgada após rumores de que Bagdhadi teria sido morto ou ferido em um bombardeio no Iraque, o homem se apresenta como chefe do EI e não fala especificamente deste ataque e sim de acontecimentos que ocorreram desde então.
"Fiquem tranquilos, muçulmanos, seu Estado está bem", teria dito Bagdhadi, segundo a tradução inglesa de uma mensagem divulgada junto com a gravação.
A gravação é a primeira de Baghdadi desde um vídeo divulgado em julho, pouco após a proclamação pelo EI de um califado na Síria e no Iraque, no qual o chefe do grupo extremista sunita recita uma prece durante a reza de sexta-feira em Mossul, segunda maior cidade do Iraque.
A voz na gravação divulgada nesta quinta-feira parece ser a mesma, mas não foi possível obter uma confirmação imediata de sua autenticidade.
A situação de Baghdadi era uma incógnita deste do início dos ataques aéreos da coalizão anti-jihadista que tinham com alvo na última sexta-feira "um comboio de dez veículos que poderia estar transportando chefes de guerra", segundo o Pentágono.
Informações não confirmadas indicaram que Baghdadi poderia estar ferido, talvez até morto. "Há claramente inúmeras informações contraditórias sobre o destino de Baghdadi. Mas (...) simplesmente não podemos confirmar seu estado atual", declarou na segunda-feira um porta-voz do Pentágono, o coronel Steven Warren.
Na gravação, o chefe do EI afirma que a coalizão liderada pelos Estados Unidos não teve sucesso em desmantelar o grupo.
"A caminhada não parará e a expansão continuará, se Deus quiser", garante Baghdadi. "A caminhada dos Mujahidin continuará até chegar a Roma".
"Os judeus e os cruzados serão obrigados a descer para o solo e mandar suas forças terrestres para a morte e a destruição", concluiu.