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Para centrais sindicais, só desonerar a folha não basta

Segundo o deputado Paulinho da Força (PDT-SP) , a desoneração sem nenhuma compensação pode quebrar a Previdência

Paulinho da Força: desoneração da folha não é sinônimo de formalização (José Cruz/Agência Brasil)

Paulinho da Força: desoneração da folha não é sinônimo de formalização (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2011 às 17h33.

Brasília - A possibilidade de o governo desonerar a folha de pagamento é uma bandeira antiga levantada pelo setor produtivo. A proposta, que não vingou no governo Lula, ressurge com o objetivo de estimular a geração de empregos formais. Mas para o deputado Paulinho da Força, do PDT de São Paulo, a simples desoneração da folha de pagamento não é sinônimo de formalização dos trabalhadores. “Ninguém garante que em um dia desonera a folha, no outro as pequenas empresas vão regularizar a situação de seus empregados”, afirmou o parlamentar.</p>

De acordo com Paulinho da Força, as centrais sindicais sempre defenderam a diminuição de encargos pagos para a contratação de um empregado com carteira assinada, mas agregada a um imposto que incidiria sobre o faturamento anual das empresas. “Se só desonera a folha, sem ter uma outra fonte para pagar a Previdência, ela vai quebrar. Não podemos concordar com esse risco”, disse o deputado.

Para o presidente da Força Sindical, um imposto pago sobre o faturamento não prejudica as empresas. “O faturamento pode ser alto ou não, o pagamento do imposto vai depender disso, não é uma coisa fixa como a folha de pagamento. Sem esse imposto, só a empresa levaria vantagem e ainda traria risco à Previdência”, concluiu.

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