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Para André Correa Lago, participação de todos é preciso

Para o diplomata, apesar dos resultados da conferência “não terem sido tão satisfatórios”, a Rio+20 pode ser considerada um marco histórico

André Corrêa do Lago, chefe da delegação brasileira no processo de negociação da Rio 20: “Continuação do esforço durante a conferência deve vir da sociedade civil" (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

André Corrêa do Lago, chefe da delegação brasileira no processo de negociação da Rio 20: “Continuação do esforço durante a conferência deve vir da sociedade civil" (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2012 às 16h45.

Rio de Janeiro - O diplomata André Corrêa do Lago, negociador-chefe da delegação brasileira na Rio+20, foi um dos participantes do evento “Um Novo Contrato Social para o Século XXI”, promovido pelo Instituto Ethos e pelo Unitar – Instituto para Treinamento e Pesquisa da ONU, no sábado (23), com a intenção de discutir, um dia após o término da Rio+20, a contribuição da Conferência da ONU para a construção, tão fundamental, de um novo contrato social (Veja outros links no final deste post).

Para o diplomata André Corrêa do Lago, apesar dos resultados da conferência “não terem sido tão satisfatórios, porque não acompanharam o ritmo que a maioria dos cidadãos desejava”, a Rio+20 pode ser considerada um marco histórico, principalmente por tudo que ainda vai gerar.

“A continuação do esforço realizado por todos durante a conferência deve vir da sociedade civil. Já ultrapassamos a fase de que o governo tem que determinar e os cidadãos, obedecer. Para ser bem-sucedida, a agenda do desenvolvimento sustentável deve ter a participação de todos. Esse tem que ser um dos princípios fundamentais do novo contrato socialque perseguimos”, afirmou.

O negociador-chefe da delegação brasileira aproveitou a oportunidade para lembrar que, da mesma forma que já ocorreu em outras conferências sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU, os resultados da Rio+20 podem e devem se desdobrar nos próximos anos. “Em 92, quando foi assinada a Convenção sobre Mudança do Clima, muitos criticaram, dizendo que os países deviam ter se concentrado em questões mais práticas.

Hoje, o tema é o mais discutido na economia mundial, pautado pelo conhecimento científico adquirido graças à criação da Convenção. Esperamos que o mesmo aconteça com algumas das decisões tomadas na Rio+20, como a definição de um novo tratado sobre oceanos para lidar com a biodiversidade marinha em águas internacionais”, concluiu.

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