O presidente sírio, Bashar al-Assad: "não nos podemos imaginar que possa haver uma luta efetiva contra o Estado Islâmico ou uma paz duradoura na Síria com Assad", diz porta-voz alemão (AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2015 às 11h04.
Berlim - A Alemanha ressaltou nesta quarta-feira seu apoio ao enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, e ao diálogo entabulado com as partes em conflito no país, mas reiterou que a longo prazo "o futuro da Síria não pode se chamar (Bashar al) Assad".
Na entrevista coletiva após a reunião do Conselho de Ministros, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Sawsan Chebli, assinalou que o problema não é falar ou não com o presidente sírio, Al-Assad, o que Mistura tem feito, mas buscar uma solução política à crise do país.
Neste contexto, ratificou seu apoio ao trabalho de mediação de Mistura e à sua proposta de criar grupos de trabalho formados pelas diferentes facções para estudar uma saída política ao conflito.
No entanto, quis deixar claro que a posição da Alemanha diante do regime sírio não mudou: "não nos podemos imaginar que possa haver uma luta efetiva contra o Estado Islâmico ou uma paz duradoura na Síria com Assad".
Chebli lembrou ainda que no fim de semana o ministro alemão de Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, transferiu ao seu colega russo, Sergei Lavrov, seu "preocupação" com o apoio de Moscou ao exército sírio.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou ontem que continuará a apoiar com ajuda técnico-militar a regime sírio em sua luta contra os grupos terroristas como o Estado Islâmico e disse que sem esse apoio o número de refugiados teria sido maior.