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Para 59% dos nova-iorquinos, a polícia discrimina pela cor

A maioria dos moradores de Nova York considera que a polícia favorece os brancos em relação aos negros e aos hispânicos


	Policiais nova-iorquinos patrulham as ruas da cidade americana durante um protesto em 1º de maio de 2012: a polícia utilizou a polêmica prática do "parar e revistar" 685.000 vezes
 (Monika Graff/Getty Images/AFP)

Policiais nova-iorquinos patrulham as ruas da cidade americana durante um protesto em 1º de maio de 2012: a polícia utilizou a polêmica prática do "parar e revistar" 685.000 vezes (Monika Graff/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2012 às 13h46.

Nova York - A maioria dos nova-iorquinos considera que a polícia favorece os brancos, enquanto os negros são particularmente críticos em relação a um procedimento que permite aos policiais parar qualquer um na rua para uma revista, segundo uma pesquisa divulgada nesta terça-feira.

Segundo esta sondagem do New York Times, 59% dos nova-iorquinos acreditam que a polícia atua em benefício dos brancos em relação aos negros. Entre a população afro-descendente, esse percentual sobre para 77% com a mesma opinião. Já 55% dos nova-iorquinos consideram que os policiais são tendenciosos em detrimento dos hispânicos em relação aos brancos, enquanto 68% dos hispânicos pensam dessa forma.

A maioria dos negros (56%) também considera excessiva a polêmica prática do "parar e revistar".

Esta prática é cada vez mais frequente em Nova York. No ano passado, a polícia a utilizou 685.000 vezes, segundo dados oficiais. Em 53% dos casos, ela foi realizada com negros (que representam um quarto da população em Nova York); em 34% dos casos, com hispânicos; e em apenas 9%, com brancos.

Das pessoas paradas - em sua maioria jovens -, 90% não têm do que se queixar.

Algumas organizações de defesa dos direitos civis denunciam regularmente esta prática, que a polícia afirma ser útil, principalmente, para a apreensão de armas ilegais.

Ao contrário dos negros, 55% dos nova-iorquinos brancos a consideram "aceitável" e 48% dos hispânicos pensam o mesmo.

Esta pesquisa foi realizada pelo New York Times entre os dias 10 e 15 de agosto por telefone com 1.026 moradores de Nova York.

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