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Paquistão registra novos ataques contra campanha antipólio

Três pessoas morreram nesta quarta-feira


	Médico trata de funcionário que realizava vacinação contra pólio em hospital após ataque: os esforços para conter a doença são prejudicados pela resistência dos talibãs
 (A. Majeed/AFP)

Médico trata de funcionário que realizava vacinação contra pólio em hospital após ataque: os esforços para conter a doença são prejudicados pela resistência dos talibãs (A. Majeed/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2012 às 08h00.

Peshawar - Três pessoas morreram nesta quarta-feira em novos ataques no Paquistão contra a campanha para a erradicação da poliomielite, anunciaram as autoridades locais.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) suspenderam os trabalhos da campanha de vacinação no Paquistão após a série de ataques que deixaram nove mortos nos últimos três dias.

Nesta quarta-feira, homens armados mataram uma funcionária da campanha e seu motorista em Sharsada, perto de Peshawar, a grande cidade do noroeste do país.

Um homem que havia ficado ferido em um ataque durante a manhã não resistiu e faleceu, informaram fontes médicas, o que eleva a nove o número de funcionários da campanha contra a pólio mortos desde segunda-feira.

Na terça-feira, seis pessoas foram mortas na região de Karachi.

Após os novos ataques, o porta-voz do Unicef, Michael Coleman, afirmou à AFP a organização e a OMS suspenderam os trabalhos contra a pólio em todo o país.

No Paquistão, milhares de pais se negam a vacinar os filhos contra a poliomielite pela pressão de líderes religiosos e insurgentes.

O Paquistão é um dos três países no mundo onde a poliomielite ainda é endêmica, mas os esforços para conter a doença são prejudicados pela resistência dos talibãs, que baniram a vacinação em algumas áreas.

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