Mundo

Paquistão detém 5 colaboradores da CIA no caso Bin Laden

Informantes foram presos pelo governo paquistanês, segundo o The New York Times

As detenções representam um novo golpe às relações entre o país asiático e os EUA (Getty Images)

As detenções representam um novo golpe às relações entre o país asiático e os EUA (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2011 às 07h49.

Washington - O Governo do Paquistão deteve vários informantes locais que colaboraram com a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA, na sigla em inglês) para chegar ao paradeiro do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, segundo informa o "The New York Times".

No total, foram detidos cinco colaboradores que ajudaram a CIA a obter as informações necessárias para localizar o agora ex-inimigo número um dos EUA.

Segundo o "The New York Times", entre os detidos se encontra um oficial do Exército nacional que tomou nota das placas de alguns dos veículos que entravam no complexo no qual residia Bin Laden na cidade paquistanesa de Abbottabad.

As detenções representam um novo golpe às relações entre o país asiático e os EUA, que foram degradando progressivamente desde a operação que a CIA desdobrou em 2 de maio para abater o líder da organização terrorista.

Nas semanas posteriores à operação, Washington tentou reparar as deterioradas relações, o que levou a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, a viajar no fim de maio a Islamabad para se reunir com os principais líderes do Paquistão.

Hillary viajou acompanhada pelo chefe do Estado-Maior americano, Mike Mullen, e dias antes tinham se deslocado ao Paquistão o senador John Kerry e delegações oficiais lideradas pelo enviado dos EUA a Afeganistão e Paquistão, Mark Grossman, e pelo "número dois" da CIA, Michael Morrell.

No entanto, as relações entre os dois países não parecem ter melhorado. Os EUA afirmaram publicamente que se reservam o direito de pôr em prática novas ações unilaterais contra os insurgentes no Paquistão, enquanto Islamadad se queixa que estas ações representam uma violação de soberania.

Em represália pela operação americana contra Bin Laden em solo paquistanês, o Governo de Islamabad pediu a retirada de 200 militares americanos que trabalhavam como assessores no Paquistão.

Segundo informa nesta terça-feira o "The New York Times" em sua edição digital, por enquanto se desconhece o estado e o paradeiro dos informantes da CIA que foram detidos no Paquistão. Também não se informou sua identidade nem quando as detenções foram realizadas.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDiplomaciaEstados Unidos (EUA)Osama bin LadenPaíses ricosPaquistãoPolíticosTerrorismo

Mais de Mundo

À espera de Trump, um G20 dividido busca o diálogo no Rio de Janeiro

Milei chama vitória de Trump de 'maior retorno' da história

RFK Jr promete reformular FDA e sinaliza confronto com a indústria farmacêutica

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde