Mundo

Paquistão defende inclusão do Irã em debate sobre Iêmen

A intervenção paquistanesa irritaria o Irã, país xiita que apoia os houthis


	Primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif: ele se dirigiu ao Parlamento um dia depois de o ministro da Defesa revelar que a Arábia Saudita queria contar com bombardeiros
 (Aamir Qureshi/AFP)

Primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif: ele se dirigiu ao Parlamento um dia depois de o ministro da Defesa revelar que a Arábia Saudita queria contar com bombardeiros (Aamir Qureshi/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2015 às 09h06.

Islamabad - O primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, pediu nesta terça-feira que o Irã faça parte de um debate sobre a segurança no Iêmen, no momento em que o Parlamento paquistanês retomava as discussões sobre se o país deve participar de uma campanha militar liderada pela Arábia Saudita contra forças iemenitas aliadas do Irã.

Sharif se dirigiu ao Parlamento um dia depois de o ministro da Defesa revelar que a Arábia Saudita queria contar com bombardeiros, navios de guerra e soldados paquistaneses. Nenhum parlamentar falou em favor do envio de tropas.

A Arábia Saudita, principal potência muçulmana sunita do Golfo Pérsico, pediu ao Paquistão, país majoritariamente sunita, que se una à coalizão militar liderada pelos sauditas, a qual iniciou no mês passado ataques aéreos às forças oposicionistas, de maioria xiitas houthi, no Iêmen.

A intervenção paquistanesa irritaria o Irã, país xiita que apoia os houthis e compartilha com o Paquistão uma fronteira longa e porosa em uma região turbulenta onde há também uma insurgência separatista.

O ministro das Relações Exteriores iraniano visitará o Paquistão na quarta-feira e a questão do Iêmen deverá dominar as conversas.

Acompanhe tudo sobre:Arábia SauditaÁsiaIêmenIrã - PaísPaquistão

Mais de Mundo

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições

Zelensky quer que guerra contra Rússia acabe em 2025 por 'meios diplomáticos'

Macron espera que Milei se una a 'consenso internacional' antes da reunião de cúpula do G20