Cabul - O Paquistão anunciou neste sábado a libertação de 13 prisioneiros talibãs como um "gesto de boa vontade" para ajudar nas negociações de paz com os rebeldes, informou neste sábado o ministro paquistanês do Interior, Chaudhry Nisar Ali Khan.
Na sexta-feira, os talibãs paquistaneses haviam anunciado a prorrogação, por seis meses, do cessar-fogo com o governo para dar mais tempo à libertação de seus companheiros "não combatentes" e à retirada das forças governamentais.
"O governo decidiu libertar 13 prisioneiros como um gesto de boa vontade", disse o ministro Chaudhry Nisar Ali Khan ao final de uma reunião entre representantes do governo e dos talibãs.
O ministro pediu ao grupo islâmico que responda com a libertação do acadêmico Mohamad Ajmal, dos filhos do finado ex-governador de Punjab Salman Yaseer, do ex-primeiro-ministro Yousaf Raza Gilani e de vários funcionários estrangeiros e governamentais.
O governo abriu em fevereiro negociações com o Tehreek-e-Taliban (TTP) - formado por grupos islâmicos que combatem há sete anos o poder em Islamabad - com o objetivo de acabar com a insurgência.
O grupo exige a libertação dos chamados prisioneiros "não combatentes" e a criação de uma "zona de paz" sem a presença das forças de segurança.
No mês passado, os talibãs entregaram uma lista de 300 presos "não combatentes", incluindo mulheres, crianças e idosos.
Esta semana, os paquistaneses libertaram 19 membros de uma tribo ligada aos talibãs no Waziristão do Sul, na zona da fronteira afegã, que o grupo não reconheceu como seus partidários.
A negociação de paz foi uma das promessas de campanha do premier Nawaz Sharif, no ano passado.
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1. 1. Sudão do Sul
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1/6 (ADRIANE OHANESIAN/AFP/GettyImages)
O
conflito entre o
Sudão e o Sudão do Sul, após este ganhar independência, pode se intensificar. Em novembro, o ministro da defesa sudanês anunciou uma ofensiva para combater os rebeldes do sul. Além disso, há um conflito interno no Sudão do Sul. Diferentes grupos étnicos estão se enfrentando, promovendo uma matança em ambos os lados. A disputa pode atingir as proporções de um genocídio. Em 2013, 450 mil pessoas tiveram de fugir da região.
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2. 2. Iraque
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2013 foi um ano terrível para o
Iraque. Desde 2008, quando os números da violência eram baixos, o país não passava por tamanho banho de sangue. Foram cerca de 9 mil mortos, religando o alerta nos Estados Unidos. Ficou claro que a região está longe de estar totalmente pacificada. Recentemente, a região de Fallujah foi tomada pela
Al Qaeda, tornando a situação ainda mais crítica. Mesmo com o temor de uma guerra civil, o governo americano, por enquanto, descarta a possibilidade de entrar novamente no país.
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3. 3. Coreia do Norte
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Que a
Coreia do Norte tem um líder jovem, instável - e talvez louco -, todos já sabem. Que a maioria das ameaças são blefes, também. Mesmo assim, o mundo ficará mais preocupado com Kim Jong-Un em 2014. Seu governo ameaçou a Coreia do Sul de guerra por fax, prometendo um ataque sem piedade. Também disse que o mundo sofreria uma catástrofe nuclear caso o país fosse atacado. A fria execução do tio de Kim e de outros "traidores" também chocaram o mundo.
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4. 5. China
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4/6 (LIU JIN/AFP/Getty Images)
Em 2013,
China e
Japão tiveram alguns momentos de tensão por causa de ilhas em disputa nos mares do leste e sul chinês. É pouco provável que um conflito armado exploda a partir dessa disputa, mas as provocações chinesas e japonesas deixam toda a região em constante tensão. Além disso, as manobras chinesas para testar os limites do seu poder e passar mensagens intimidantes a seus vizinhos mexe diretamente com outra potência mundial, os Estados Unidos.
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5. 9. Mianmar
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5/6 (Soe Than WIN/AFP/Getty Images)
O governo do
Mianmar tentou fortalecer um processo democrático após décadas de ditadura, mas o crescente conflito entre budistas e muçulmanos e as guerrilhas étnicas podem colocar tudo a perder em 2014. Os conflitos já deixaram centenas de mortos e mais de 120 mil refugiados.
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6. 10. República Centro-Africana
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6/6 (Ivan Lieman/AFP/Getty Images)
A escalada de violência na República Centro-Africana corre o risco de se tornar um genocídio, o que muitos estão chamando de "a nova Ruanda", em alusão ao massacre que vitimou milhões naquele país em 1994. Na verdade, um conflito violento já começou. A ONU já calcula mais de um milhão de deslocados. Na luta entre grupos muçulmanos e cristãos, cerca de 500 morreram em dezembro de 2013. Já há relatos de cidades totalmente abandonadas, com corpos espalhados, onde até mesmo os médicos e socorristas fugiram.