O primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreu: "chegou a hora de agir coletivamente e de forma decisiva" (Angelos Tzortzinis/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2011 às 10h14.
Atenas - O primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreu, afirmou que esta semana é a mais crucial para a Grécia e para a Eurozona, já que, no próximo domingo, os presidentes da região devem anunciar um plano contundente para fazer frente à crise da dívida.
Para Papandreu, esta semana determinará o destino da Eurozona, e advetiu que, "se não houver uma solução definitiva, a insegurança vai continuar".
Papandreu, que se reuniu com o chefe de Estado grego, Carolos Papulias, recordou aos governantes dos países membros da zona euro que devem dar "mostras de responsabilidade para permitir que a Grécia negocie com a cabeça erguida".
Neste sentido, assegurou que o país trabalhas com base nas decisões de 21 de julho, data em que os dirigentes europeus decidiram envolver o setor privado num segundo plano de ajuda ao país.
Na véspera, Papandreou convocou a União Europeia a resolver a crise da dívida que atinge a Grécia e a Zona Euro "coletivamente e de forma decisiva" em uma entrevista publicada no semanário Proto Thema.
"Chegou a hora de agir coletivamente e de forma decisiva", disse Papandreou. "Estou convencido de que a Europa pode e irá fazer isso, para então podermos levar a Grécia e a Europa em segurança para fora da crise".
Ele prometeu que a Grécia irá cumprir com todos os seus compromissos, mas afirmou: "Nós não somos como Atlas (na mitologia grega, titã condenado por Zeus a sustentar a terra para sempre), capaz de arcar com todos os problemas da Europa por conta própria. Nenhum país europeu pode, nem mesmo a Alemanha".
A Europa afirmou aos seus parceiros do G20 no sábado que a Zona Euro apresentará um plano integral para resolver a crise da dívida na próxima semana, no encontro dos líderes da UE em Bruxelas.
A tempo para a reunião, o governo grego deverá votar no dia 20 de outubro um novo pacote de medidas de austeridade exigidas pela UE e pelo Fundo Monetário Internacional.