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Papa retorna a hotel em Roma para pagar a conta

"Ele queria pegar sua bagagem e suas malas. Ele tinha deixado tudo lá", disse um porta-voz do Vaticano, em entrevista coletiva


	Papa Franciso: O cardeal Jorge Bergoglio tem reputação de frugalidade em sua Argentina natal.
 (REUTERS/100eos1d)

Papa Franciso: O cardeal Jorge Bergoglio tem reputação de frugalidade em sua Argentina natal. (REUTERS/100eos1d)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2013 às 15h43.

Vaticano - O papa Francisco voltou nesta quinta-feira à residência administrada pela Igreja Católica onde ficou hospedado antes de ser eleito pontífice, e insistiu em pagar a conta, apesar de agora ser oficialmente dono do negócio, disse o Vaticano.

Na manhã seguinte a sua eleição, Francisco pediu ao motorista que o levasse ao hotel dos clérigos, o Domus Internationalis Paulus VI, onde ele se hospedou nos dias que antecederam o conclave secreto desta semana.

"Ele queria pegar sua bagagem e suas malas. Ele tinha deixado tudo lá", disse um porta-voz do Vaticano, em entrevista coletiva.

"Ele parou depois no escritório, cumprimentou todos e decidiu pagar a conta pelo quarto... porque estava preocupado em dar um bom exemplo do que padres e bispos devem fazer".

O porta-voz não revelou o valor da conta.

O cardeal Jorge Bergoglio tem reputação de frugalidade em sua Argentina natal. Primeiro papa em 1.300 anos nascido fora da Europa, ele é o primeiro a escolher o nome de São Francisco de Assis -- um gesto de solidariedade com os pobres por parte do novo líder de uma instituição há muito tempo associada com enorme riqueza.

O padre Pawel Rytel-Andrianik, que vive na hospedaria no centro de Roma onde Bergoglio estava, disse à Reuters que ficou surpreso com a insistência do papa em pagar sua conta: "Não acho que ele precise se preocupar com a conta", disse.

"A casa faz parte da Igreja, e a Igreja é dele agora".

Rytel-Andrianik disse que Bergoglio era um hóspede comum: "Quando estávamos comendo na mesa, não se imaginaria que ele fosse um cardeal, a menos que já se soubesse. Ele era como qualquer padre. Ele nunca pediu um carro, embora pudesse ter um", lembrou. "Ele sempre pegava o metrô ou ia a pé".

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