Mundo

Papa quer maior participação de laicos e mulheres na Igreja

Para Francisco, a missão dos laicos não é substituir os sacerdotes e, neste contexto, as mulheres também não devem ter acesso ao sacerdócio


	Para Francisco, a missão dos laicos não é substituir os sacerdotes e, neste contexto, as mulheres também não devem ter acesso ao sacerdócio
 (Reuters)

Para Francisco, a missão dos laicos não é substituir os sacerdotes e, neste contexto, as mulheres também não devem ter acesso ao sacerdócio (Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2015 às 15h38.

O papa Francisco pediu neste sábado um papel mais importante dos laicos e das mulheres na Igreja, em uma missa na Filadélfia (leste), última etapa de sua viagem de seis dias pelos Estados Unidos e sede do Encontro Mundial das Famílias.

"Sabemos que o futuro da Igreja, em uma sociedade que muda rapidamente, exige desde agora uma participação dos laicos muito mais ativa", ressaltou o pontífice na Basílica de São Pedro e São Paulo.

"Nosso objetivo hoje é construir sobre esses cimentos sólidos e fomentar um sentido de colaboração e responsabilidade compartilhada no planejamento do futuro de nossas paróquias", indicou Francisco, que chegou na Filadélfia às 9H45 (10H45 no horário de Brasília) procedente de Nova York.

Contudo, a defesa de uma maior presença dos laicos na Igreja, "não significa renunciar à autoridade espiritual que nos foi confiada", ressaltou o Papa.

Para Francisco, a missão dos laicos não é substituir os sacerdotes e, neste contexto, as mulheres também não devem ter acesso ao sacerdócio, segundo defendeu.

Na parte da tarde, Francisco discursará sobre a liberdade religiosa e a imigração para 40.000 pessoas no Independence Mall, localizado no que é considerado o berço dos Estados Unidos e local da declaração de independência em 1776.

O destaque do dia será a sua participação no VII Encontro Mundial das Famílias, no Benjamin Franklin Parkway, onde espera-se 1,5 milhão de fiéis.

Francisco cumprimentará a multidão a bordo do papamóvel e enviará uma mensagem, antes de encerrar o evento com fogos de artifício.

Para o evento, o centro da Filadélfia foi completamente fechado para o tráfego desde sexta-feira à noite, com militares e policiais em quase todas as esquinas.

Dezenas de fiéis passaram a noite na basílica para ver Francisco, o primeiro pontífices das Américas. "Queria fazer parte desta celebração da família", declarou à AFP Luis Ortiz, de 42 anos, que chegou com seus onze filhos.

O Papa se despede dos Estados Unidos no domingo, com a missa de encerramento do Encontro Mundial das Famílias, após uma reunião com os bispos americanos e uma visita a um centro correcional para jovens com entre 18 e 21 anos.

Desde sua chegada a Washington, que incluiu uma visita na quarta-feira ao presidente Barack Obama na Casa Branca e um discurso inédito na quinta-feira ante as duas casas do Congresso, Francisco atraiu verdadeiras multidões.

Na sexta-feira, o Papa comoveu e espantou Nova York em um dia inesquecível, que incluiu um encontro no Central Park, uma forte mensagem na ONU contra a opressão financeira aos países em desenvolvimento e visitas ao Memorial do 11 de Setembro e a uma escola.

Francisco disse adeus à Big Apple com uma missa para 20.000 pessoas no famoso Madison Square Garden.

Tratado como uma estrela do rock, o Papa se manteve firme em seus princípios de humildade e proximidade com os setores mais vulneráveis, despertando a admiração de autoridades de todos os setores políticos, imprensa e até mesmo não-católicos.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Igreja CatólicaMulheresPaíses ricosPapa FranciscoPapas

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA