Papa Francisco: líder mencionou a perseguição de cristãos no Iraque, muitos dos quais conseguiram passar o primeiro Natal desde 2013 em igrejas (VINCENZO PINTO/AFP/Getty Images)
Reuters
Publicado em 26 de dezembro de 2016 às 12h13.
Cidade do Vaticano - O papa Francisco prestou homenagem nesta segunda-feira aos cristãos do Oriente Médio que mantiveram a fé durante perseguição por militantes islâmicos, dizendo que há mais mártires cristãos agora do que no início da Igreja Católica.
O papa falava a milhares de pessoas na Praça São Pedro durante benção nas festividades a São Estevão, primeiro mártir cristão.
Ele mencionou a perseguição de cristãos no Iraque, muitos dos quais conseguiram passar o primeiro Natal desde 2013 em igrejas após cidades serem retomadas do Estado Islâmico.
"Isto foi um exemplo de fidelidade ao evangelho", disse. "Apesar de julgamentos e perigos, eles corajosamente mostraram que pertencem a Cristo", disse.
"Hoje, queremos pensar neles e estarmos perto deles com nosso afeto, nossas orações e até mesmo nossas lágrimas", disse o papa.
Cristãos em regiões no norte do Iraque tomadas pelo Estado Islâmico receberam um ultimato: paguem um imposto, se convertam ao islamismo, ou morram. Muitos fugiram para a região autônoma curda ao leste.
Líderes de diversas igrejas, incluindo a Igreja Copta no Egito, cujos membros foram decapitados e suas igrejas foram bombardeadas, definiram o fato de cristãos de todas as denominações estarem sendo mortos no Oriente Médio como "ecumenismo do sangue".
"Há mais mártires cristãos hoje do que nos primeiros séculos", disse o papa Francisco, que denunciou o Estado Islâmico e condenou o conceito de matar em nome de Deus.