Papa Francisco: "agora, mais do que nunca, deveria existir um compromisso de todos de não somente falar, mas contribuir para a ajuda alimentar" (Mateusz Skwarczek / Reuters)
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Publicado em 22 de fevereiro de 2017 às 09h24.
Cidade do Vaticano - O papa Francisco pediu nesta quarta-feira uma ajuda humanitária urgente para os esfomeados do Sudão do Sul, dizendo que milhões de pessoas correm o risco de ser "condenadas à morte" pela fome em partes do país assolado por uma guerra.
"Agora, mais do que nunca, deveria existir um compromisso de todos de não somente falar, mas contribuir para a ajuda alimentar e permitir que ela chegue às populações sofridas", disse ele a dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça São Pedro para sua audiência semanal.
Francisco disse que milhões de pessoas, inclusive muitas crianças, estão sendo "condenadas à morte pela fome".
Desde 2013 o Sudão do Sul está mergulhado em uma guerra civil que o papa chamou de "fratricida". O presidente sul-sudanês, Salva Kiir, cujo governo declarou um surto de fome na segunda-feira, prometeu que as agências de socorro terão acesso seguro aos civis vitimados pela fome.
A Organização das Nações Unidas (ONU) diz não ter conseguido chegar a algumas das áreas mais afetadas devido à insegurança.
O Sudão do Sul vem sendo prejudicado pela mesma seca do sudeste africano que deixou a Somália à beira de um surto de fome seis anos depois de 260 mil pessoas morrerem de desnutrição.
Quase 1,4 milhão de crianças estão em "risco iminente" de morrer em decorrência da fome na Nigéria, Somália, no Sudão do Sul e no Iêmen, alertou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês) na terça-feira.