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Papa pede a líderes mundiais que não adiem acordo do clima

Dirigindo-se a um grupo de cientistas, o papa fez seu discurso mais contundente sobre o meio ambiente desde a eleição de Trump

Papa Francisco: o pontífice se voltou contra aqueles que questionam que a mudança climática é causada pela atividade humana (Filippo Monteforte/AFP)

Papa Francisco: o pontífice se voltou contra aqueles que questionam que a mudança climática é causada pela atividade humana (Filippo Monteforte/AFP)

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Reuters

Publicado em 28 de novembro de 2016 às 21h30.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco exortou líderes nacionais nesta segunda-feira a implementarem acordos ambientais globais sem demora, uma mensagem que pareceu ter como alvo claro o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Dirigindo-se a um grupo de cientistas que incluiu o físico teórico Stephen Hawking, o papa fez seu discurso mais contundente sobre o meio ambiente desde a eleição de Trump, que ameaçou retirar seu país do Acordo de Paris de 2015 contra a mudança climática.

"A 'distração' ou atraso na implementação de acordos globais sobre o meio ambiente mostra que a política se tornou submissa a uma tecnologia e uma economia que buscam o lucro acima de tudo", disse Francisco.

O pontífice, que escreveu uma encíclica, ou carta papal, tratando do meio ambiente no ano passado, se voltou contra aqueles que questionam que a mudança climática é causada pela atividade humana, criticando "a facilidade com que a opinião científica bem fundamentada sobre o estado de nosso planeta é negligenciada".

Durante a campanha, Trump classificou a mudança climática como uma farsa.

Na semana passada ele pareceu suavizar sua posição, dizendo ao jornal The New York Times que está mantendo "uma mente aberta" e que pode haver "alguma conectividade" entre a atividade humana e o aquecimento global.

Mas dias depois, Reince Priebus, escolhido por Trump como próximo chefe de gabinete da Casa Branca, disse à rede Fox News que seu chefe ainda acredita que o fenômeno é essencialmente "um amontoado de bobagens".

Um recuo norte-americano do pacto, firmado por quase 200 nações, prejudicaria os esforços internacionais para limitar o aumento das temperaturas, que foi ligado à extinção de animais e plantas, ondas de calor, inundações e à elevação do nível dos mares.

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