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Papa pede a católicos uma Quaresma sem insultos nas redes sociais

"Hoje, as pessoas insultam umas às outras como quem diz bom dia", disse o papa Francisco nesta quarta-feira (26) na praça São Pedro

Vaticano: nos últimos anos, o papa foi alvo de insultos de sites católicos ultraconservadores (Remo Casilli/Reuters)

Vaticano: nos últimos anos, o papa foi alvo de insultos de sites católicos ultraconservadores (Remo Casilli/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de fevereiro de 2020 às 12h17.

Cidade do Vaticano — Durante a Quaresma, os católicos são estimulados a abrir mão de algo, como doces. Nesta quarta-feira, o papa Francisco acrescentou um toque moderno à lista de coisas das quais abdicar durante o período e além: parar de insultar as pessoas nas redes sociais.

O papa pediu o gesto de comedimento ao falar a dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça São Pedro para sua audiência-geral de Quarta-Feira de Cinzas, o início do período de 40 dias que culmina com a Páscoa.

A Quaresma, disse ele nos comentários parcialmente improvisados, "é um momento para abrir mão de palavras inúteis, fofocas, boatos, tagarelice e se dirigir a Deus pelo nome", disse.

"Vivemos em uma atmosfera poluída por violência verbal demais, palavras ofensivas e danosas demais, que são amplificadas pela internet", afirmou. "Hoje, as pessoas insultam umas às outras como quem diz 'bom dia'."

Nos últimos anos, o próprio Francisco foi alvo de insultos de sites católicos ultraconservadores e de feeds de Twitter antipapa majoritariamente anônimos.

O Twitter também se tornou uma plataforma para batalhas verbais às vezes agressivas entre seus apoiadores e detratores.

Ainda nesta quarta-feira, Francisco participará do serviço tradicional da Quarta-Feira de Cinzas, quando cinzas serão espalhadas em sua testa – um lembrete aos cristãos de que são mortais e de que um dia todos se tornarão pó.

Durante a Quaresma, marcada pelo arrependimento, jejum e reflexão, os fiéis também são instados a praticar mais boas ações, como dar esmolas, e ser particularmente atentos aos necessitados.

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