Papa Francisco: o papa jesuíta, que sonhou quando jovem ser missionário no Japão (REUTERS/Alessandro Bianchi)
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2015 às 15h30.
Cidade do Vaticano - O papa Francisco pediu, neste domingo, aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, que o acompanhem em oração em sua segunda viagem à Ásia, que começará nesta segunda-feira.
"Amanhã à tarde vou iniciar uma viagem apostólica ao Sri Lanka e às Filipinas. Peço-lhes que me acompanhem através da oração", disse o pontífice na tradicional cerimônia do Angelus.
O papa Francisco iniciará, na segunda-feira, sua segunda viagem à Ásia, após ter visitado em agosto a Coreia do Sul. Ele ficará na região até o dia 19.
Esta é sua segunda viagem ao continente asiático. Sri Lanka e Filipinas são dois rostos diferentes da Igreja católica nesta região considerada crucial para o terceiro milênio do cristianismo.
O papa jesuíta, que sonhou quando jovem ser missionário no Japão, é particularmente receptivo aos problemas desse continente, principalmente os da China, onde os jesuítas introduziram a fé católica no século XVI.
Os católicos representam apenas 3% da população asiática, mas são majoritários nas Filipinas, onde aproximadamente 85% da população, ou seja, 75 milhões de pessoas, é de católicos.
Também é o terceiro país com mais católicos no mundo, depois do Brasil e do México.
Francisco, que fez 78 anos em dezembro, percorrerá em uma semana mais de 12.000 km, pegará vários voos e usará helicóptero e papamóvel para cumprir todos seus compromissos.
Os filipinos esperam com ansiedade a visita papal e deverão comparecer em massa às cerimônias previstas em Manila e Tacloban, a cidade mais atingida por um tufão que deixou cerca de 8.000 mortos em 2013.
As medidas de segurança foram intensificadas pelas autoridades filipinas para a visita de Francisco, a tal ponto que os agentes de trânsito e os funcionários encarregados de controlar os movimentos da multidão deverão usar fraldas para não serem obrigados a deixar seus postos.
Com estas fraldas geriátricas, as autoridades querem garantir que os agentes não precisarão ir ao banheiro em caso de necessidade urgente, explicou à AFP Emerson Carlos, da Autoridade de Desenvolvimento de Manila, ressaltando que a medida afetará mil pessoas.
O porta-voz da polícia nacional declarou que os 25.000 policiais encarregados da proteção do Papa não serão obrigados a imitar seus colegas do tráfego.
No Sri Lanka, onde permanecerá de 13 a 15 de janeiro, o Papa rezará pela reconciliação nacional depois da guerra que atingiu esse país e que dividiu, inclusive, a comunidade católica, já dividida entre tâmeis e cingaleses.
Em um país com 70% da população budista, 10% muçulmana e 7% cristã, o diálogo inter-religioso será a mensagem principal do Papa.