Papa Francisco: pontífice passou por duas broncoscopias com aspiração de secreções (Filippo MONTEFORTE /AFP)
Repórter de Negócios
Publicado em 3 de março de 2025 às 15h16.
Última atualização em 3 de março de 2025 às 15h42.
O Papa Francisco apresentou dois episódios de insuficiência respiratória aguda nesta segunda-feira, 3, causados pelo acúmulo de muco nos brônquios, segundo boletim da Santa Sé.
Para aliviar a obstrução, o pontífice passou por duas broncoscopias com aspiração de secreções.
No período da tarde, foi retomada a ventilação mecânica não invasiva.
Apesar das dificuldades respiratórias, o Papa permaneceu vigilante e colaborativo, conforme informou a Sala de Imprensa do Vaticano. O prognóstico segue reservado.
O pontífice apresentou esta mesma condição na sexta-feira, 28. Broncoespasmo é uma dificuldade aguda de respirar, que acaba provocando, na sequência, um episódio de vômito com inalação. Os médicos chamam essa aspiração do vômito de broncoaspiração.
O jesuíta, que é Papa desde 2013, sofreu inúmeros problemas de saúde nos últimos anos, desde uma cirurgia de cólon em 2021 até uma operação de hérnia em 2023 e dores que o levam a usar uma cadeira de rodas.
Mas, com 17 dias, essa é a hospitalização mais longa e mais grave de seu Papado, gerando uma preocupação generalizada sobre sua saúde e seu futuro à frente da Igreja.
No último fim de semana, o Vaticano informou que o Pontífice estava em uma condição “crítica” depois de sofrer um ataque respiratório grave e precisar de transfusões de sangue.
Seguiu-se uma série de melhoras graduais, mas na sexta-feira Francisco “apresentou uma crise isolada de broncoespasmo que levou a um episódio de vômito com inalação e uma piora súbita do quadro respiratório”, disse o Vaticano.
No sábado, o Vaticano disse que não houve repetição dessa crise e que ele estava em uma condição “estável”.
Os parâmetros hemodinâmicos do papa — aqueles relacionados ao fluxo sanguíneo — também estavam estáveis, e ele não apresentava a alta contagem de glóbulos brancos que geralmente indica uma infecção, disse o Vaticano.