Papa Francisco diante da multidão à noite após ser eleito papa: ele também expressou sua emoção pelo saudação que recebeu dos fiéis (AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2013 às 09h40.
Cidade do Vaticano - O papa Francisco pediu nesta sexta-feira, durante seu encontro com os cardeais, que não se caia no pessimismo e se busque todos os dias coragem para levar o Evangelho para todos os cantos da Terra.
"Nossa missão é levar Jesus ao homem e dirigir o homem ao encontro de Jesus. Jamais cedamos ao pessimismo, a essa amargura que o diabo nos oferece a cada dia. Não há espaço para o pessimismo ou o desalento", disse o papa diante dos cardeais na sala Clementina do Vaticano.
"O Espírito Santo nos dá a coragem para perseverar em novos métodos de evangelização para levar o Evangelho a todos os confins do mundo", afirmou o papa.
Francisco também expressou sua vontade de servir ao Evangelho "com renovado amor e ajudando à Igreja a se transformar mais em Cristo e com Cristo".
O bispo de Roma, que quase caiu ao tropeçar ao se dirigir para cumprimentar o decano do colégio cardinalício, Angelo Sodano, assegurou que a realidade cristã é "atrativa e persuasiva" e ressaltou que Cristo é o "único salvador de todos os homens".
"Este anúncio é válido tanto agora como foi no começo do cristianismo", destacou.
Olhando aos cardeais, o pontífice disse que "mais da metade" dos cardeais são idosos, "mas a velhice é a sede da sabedoria da vida".
"Doemos esta sabedoria aos jovens, como o bom vinho, que com a idade melhora", acrescentou.
Dois dias após ser eleito, o pontífice se reuniu com os cardeais na Sala Clementina do Vaticano e disse a eles: "somos irmãos, os cardeais são os sacerdotes do Santo Padre, vivamos esta comunidade, a amizade da proximidade fará bem a todos".
Francisco reiterou a necessidade da unidade na Igreja e expressou sua emoção pela saudação que recebeu dos fiéis quando apareceu pela primeira vez no balcão da Basílica de São Pedro.
O papa também lembrou Bento XVI, "meu venerado antecessor, que "enriqueceu a Igreja com seu magistério de fé, humildade e docilidade".
"Seu magistério permanecerá como um patrimônio espiritual para todos. O Ministério petrino vivido com total dedicação teve nele um intérprete paciente e humilde", disse Francisco.
O bispo de Roma destacou além disso o "gesto valente e humilde" de Bento XVI ao renunciar ao pontificado.
*Matéria atualizada às 9h40