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Papa faz apelo contra tráfico de pessoas

Francisco denunciou "a prática do tráfico de seres Humanos", "uma atividade ignóbil, uma vergonha para a nossa sociedade que se diz civilizada"


	Papa Francisco: "os exploradores e os clientes em todos os níveis devem fazer um sério exame de consciência", disse
 (Filippo Monteforte/AFP)

Papa Francisco: "os exploradores e os clientes em todos os níveis devem fazer um sério exame de consciência", disse (Filippo Monteforte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2013 às 12h12.

Cidade do Vaticano - O Papa Francisco fez nesta sexta-feira um apelo aos governos e igrejas, para que adotem "iniciativas eficazes" que assegurem os direitos de milhões de homens, mulheres e crianças refugiados e atingidos por múltiplas formas de "tratamento desprezíveis".

Durante sessão plenária do Conselho Pontifício dos Imigrantes e Itinerantes, o Papa denunciou "a prática do tráfico de seres Humanos", "uma atividade ignóbil, uma vergonha para a nossa sociedade que se diz civilizada", "em um mundo onde falamos tanto em direitos Humanos".

Os governos e legisladores devem, não apenas assegurar "os direitos fundamentais" de todos os refugiados forçados, mas também "enfrentar os desafios que se apresentam sob formas modernas de perseguição, opressão e escravidão".

"Os exploradores e os clientes em todos os níveis devem fazer um sério exame de consciência", declarou.

Esse tráfico "atinge cada vez mais as crianças, que são envolvidas nas piores formas de exploração e até recrutadas em conflitos armados".

A Igreja católica pede que "os direitos fundamentais cheguem onde não são reconhecidos para milhões de homens e mulheres".

"Para a Igreja, nenhuma pessoa é estrangeira, ninguém é excluído", disse, citando o Papa Paulo VI.

A compaixão implica "o conhecimento dos acontecimentos que obrigam as pessoas abandonarem sua pátria", e também uma ajuda para "dar voz" aqueles que "não são ouvidos sobre o que viveram": "violências, estupros, eventos traumáticos, fuga, incerteza no futuro".

Os refugiados precisam de "ajuda urgente", mas, sobretudo, "compreensão e bondade", insistiu.

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