O papa Francisco: “Como cristãos, desejamos contribuir para resolver a crise ecológica pela qual passa a humanidade atualmente” (REUTERS/Angelo Carconi/Pool)
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2015 às 12h44.
Vaticano - O papa Francisco, na esteira da reação em grande medida positiva à sua encíclica sobre ecologia, estabeleceu, nesta segunda-feira, um “Dia Mundial de Prece pelo Cuidado com a Criação” para os católicos, cujo objetivo é atrair atenção para os riscos enfrentados pelo planeta.
O dia, a ser comemorado pelos 1,2 bilhão de católicos romanos no dia 1º de setembro, é o passo mais recente de Francisco para colocar em destaque as preocupações ambientais antes de uma importante reunião de cúpula da ONU sobre as mudanças climáticas, marcada para dezembro em Paris.
“Como cristãos, desejamos contribuir para resolver a crise ecológica pela qual passa a humanidade atualmente”, disse Francisco em uma carta a dois cardeais do Vaticano cujos departamentos estão envolvidos em questões de justiça, paz e união cristã.
O dia 1º de setembro também marca o dia de proteção do meio ambiente para os cristãos ortodoxos, o que dá ao gesto um simbolismo adicional nas relações entre as ramificações ocidental e oriental do cristianismo.
Francisco disse que o dia, a ser marcado por eventos em todas as dioceses católicas do mundo, ofereceria aos católicos “uma oportunidade adequada para reafirmar sua vocação pessoal para serem condutores da criação.”
Francisco disse que seria também uma oportunidade para “agradecer a Deus pelo maravilhoso trabalho que ele confiou aos nossos cuidados, e para implorar a ajuda dele na proteção da criação, assim como seu perdão pelos pecados cometidos contra o mundo em que vivemos.”
Em junho, o papa emitiu uma encíclica sobre as mudanças climáticas, a primeira da história a ser dedicada ao meio ambiente. O chamado a seus súditos religiosos tem o potencial de estimular os católicos de todo mundo a pressionarem as autoridades sobre questões ecológicas.
O pontífice tem dito que quer que a encíclica e outras iniciativas da Igreja exerçam influência sobre a cúpula da ONU em Paris, em dezembro, que tem a meta de atingir um acordo de combate às mudanças climáticas depois de alguns fracassos passados.