Papa Francisco em Genebra, na Suíça 21/06/2018 REUTERS/Denis Balibouse (Denis Balibouse/Reuters)
Reuters
Publicado em 20 de agosto de 2018 às 08h54.
Última atualização em 20 de agosto de 2018 às 09h15.
O Papa Francisco condenou nesta segunda-feira, “com força, as atrocidades” ocorridas na Pensilvânia, Estados Unidos, contra mais de 1.000 crianças por padres, em carta dirigida ao “Povo de Deus”.
“Nos últimos dias foi publicado um relatório que detalha a experiência de pelo menos mil pessoas que foram vítimas de abusos sexuais, de abusos de poder e de consciência, cometidos por padres durante quase 70 anos”, escreve o pontífice na carta divulgada pelo Vaticano.
“Embora possamos dizer que a maioria dos casos pertence ao passado, podemos constatar que as feridas infligidas não desaparecerão nunca, o que nos obriga a condenar com força estas atrocidades”, completa Francisco.
Há três dias, o Vaticano expressou “vergonha e dor” após a revelação de abusos sexuais na Pensilvânia por mais de 300 padres durante décadas.
Mas nesta segunda-feira o papa Francisco foi mais longe e usou palavras mais duras para comentar o caso.
“Levando em consideração o passado, o que se pode fazer para pedir perdão e reparar o dano causado nunca será suficiente. Levando em consideração o futuro, não se deve descuidar de nada para promover uma cultura que não apenas garanta que tais situações não se reproduzam, mas para que não não encontrem o terreno propício para ocultar-se e perpetuar-se”, afirmou o pontífice.
Também fez um apelo à comunidade católica por uma mobilização para “denunciar tudo aquilo coloca em perigo a integridade de qualquer pessoa”