Bento XVI ao lado do coral da Igreja da Caridade em Santiago de Cuba, na terça-feira (Esteban Felix)
Da Redação
Publicado em 28 de março de 2012 às 10h44.
Havana - O papa Bento XVI vai oficiar nesta quarta-feira uma missa na emblemática Praça da Revolução de Havana, em seu último dia em Cuba onde também se encontrará com Fidel Castro, como anunciou o próprio ex-presidente cubano.
Em sua última publicação de 'Reflexiones', Fidel Castro revelou na terça-feira à noite que nesta quarta cumprimentará 'com muito prazer' Joseph Ratzinger, sem especificar onde e quando acontecerá o encontro.
Dessa forma, 14 anos depois de receber o papa João Paulo II em sua histórica visita a Cuba de 1998, Fidel Castro, de 85 anos e agora afastado do poder, cumprimentará outro pontífice.
Em seu último dia de estadia em Cuba, o papa oficiará sua segunda missa na ilha, na Praça da Revolução de Havana, mesmo lugar escolhido por João Paulo II em 1998.
Em frente à efígie gigante de Che Guevara e aos pés do monumento ao herói nacional José Martí, fica o altar onde predomina a cor amarelo e que é menor do que o construído na cidade oriental de Santiago para a primeira missa do papa na segunda-feira, no dia de sua chegada ao país.
O projeto da plataforma para a missa papal, confeccionado pelo Arcebispado de Havana, foi desenhado com capacidade para que 200 pessoas acompanhem o pontífice durante seu ofício religioso.
Um coro de mais de 200 vozes acompanhará a cerimônia com repertório de diferentes estilos, incluindo cantos cubanos e música de Mozart, Haendel e César Franck, entre outros compositores.
A missa começará às 11h (de Brasília). Está previsto que o papa deixe e ilha às 16h30 (18h30 de Brasília), mas antes se despedirá dos havaneses em um percurso de papamóvel de Havana até o aeroporto internacional José Martí.
No aeroporto, o papa pronunciará um discurso ao concluir sua visita à ilha.
Assim, Joseph Ratzinger finalizará a viagem que o levou a dois países da América Latina, que começou no México em 23 de março. Este foi a 23ª viagem internacional de Bento XVI em seus sete anos de Pontificado. EFE