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Papa doa 25 mil euros em apoio a afetados por fome na África

O pontífice decidiu contribuir com um programa que distribui sementes para famílias de zonas rurais que sofrem o impacto dos conflitos e da seca

Papa Francisco: a doação do pontífice foi encaminhada à Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) (Tony Gentile/Reuters)

Papa Francisco: a doação do pontífice foi encaminhada à Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) (Tony Gentile/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de julho de 2017 às 13h34.

Última atualização em 21 de julho de 2017 às 15h48.

Roma - O papa Francisco doou 25 mil euros à Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) em apoio as pessoas afetadas pela fome no leste da África.

Em comunicado, o organismo informou que o pontífice, em uma medida "sem precedentes", decidiu contribuir com um programa da agência que distribui sementes para famílias de zonas rurais da região e que sofrem o impacto dos conflitos e da seca.

O observador permanente da Santa Sé perante os organismos da ONU em Roma, monsenhor Fernando Chica, enviou uma carta ao diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, anunciando o gesto do papa.

Francisco se comprometeu no dia 3, em uma mensagem à Conferência da FAO a fazer uma doação "simbólica" com para incentivar os governos a apoiar a resposta de emergência frente às crises alimentares.

À época, ele atribuiu a fome no mundo à falta da cultura da solidariedade, bem como à inércia "de muitos" e ao "egoísmo de uns poucos".

Em fevereiro deste ano a fome foi declarada em algumas áreas do Sudão do Sul e, ainda que a situação tenha melhorado devido à resposta humanitária, 6 milhões de pessoas lutam para ter algum tipo de comida diariamente no país, que está em guerra.

Em um panorama mais amplo, a quantidade de pessoas que precisa ajuda humanitária aumentou 30% desde o final de 2016, chegando a 16 milhões, na Somália, na Etiópia, no Quênia, na Tanzânia e em Uganda, principalmente pelo efeito da seca.

A FAO calcula que a fome voltou a aumentar e já atinge mais de 800 milhões de pessoas no mundo todo, depois de anos de avanços, o que complica ainda mais o desafio proposto a comunidade internacional de erradicar esse mal até 2030.

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