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Papa diz que islã rejeita violência e pede respeito

O papa Francisco lembrou que o verdadeiro islã rejeita a violência e pediu aos países islâmicos garantirem a liberdade de culto aos cristãos

Papa Francisco: pontífice pediu aos países islâmicos garantirem a liberdade de culto aos cristãos (Tony Gentile/Reuters)

Papa Francisco: pontífice pediu aos países islâmicos garantirem a liberdade de culto aos cristãos (Tony Gentile/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2013 às 09h13.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco, em sua primeira Exortação Apostólica "Evangelii Gaudium" ("A Alegria do Evangelho"), publicada nesta terça-feira, lembrou que "o verdadeiro islã" rejeita a violência e, "humildemente", pediu aos países islâmicos garantirem a liberdade de culto aos cristãos.

No documento de 142 páginas, que representa a primeira publicação de seu pontificado, o papa argentino destaca a importância do ecumenismo e do diálogo com outras religiões, tanto para a evangelização como para alcançar a paz.

"O ecumenismo é um caminho iniludível da evangelização. É importante o enriquecimento recíproco. Quantas coisas podemos aprender uns com os outros", escreveu o papa em sua exortação "A Alegria do Evangelho", que, por sua vez, dedica vários capítulos às demais religiões.

"O diálogo inter-religioso é uma condição necessária para a paz no mundo e não obscurece a evangelização", considerou o papa, que também ressaltou a importância "da relação com os crentes do islã".

Apesar de ter mencionado "episódios de fundamentalismo violento", em uma suposta referência aos atentados contra cristãos em países muçulmanos, o papa convida os fiéis a evitar "odiosas difusões", já que, segundo ele, "o verdadeiro islã e uma adequada interpretação do Corão se opõem a toda violência".

Desta forma, o papa "implora" e "roga humildemente" para que os países de tradição islâmica assegurem a liberdade religiosa aos cristãos, citando como parâmetro "a liberdade que os crentes do islã gozam nos países ocidentais".

Embora tenha expressado seu "devido respeito perante as minorias de agnósticos ou não crentes", Francisco alerta para que este fato não faça com que "o silêncio se imponha sobre as convicções da maiorias de crentes ou ignore a riqueza das tradições religiosas".

No primeiro documento de seu pontificado, o papa Francisco também traz um olhar "muito especial" ao povo judeu e assegura "que o diálogo e a amizade com os filhos de Israel são parte da vida" dos católicos.

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