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Papa deseja que Conferência de Genebra 2 leve paz à Síria

Papa expressou seus melhores votos para que a Conferência internacional Genebra 2 marque o começo do desejado caminho de pacificação na Síria


	O papa Francisco: líder católico analisou os conflitos em todo o planeta e citou as "dificuldades políticas no Líbano e no Egito"
 (Getty Images)

O papa Francisco: líder católico analisou os conflitos em todo o planeta e citou as "dificuldades políticas no Líbano e no Egito" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 10h07.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco expressou seus melhores votos para que a Conferência internacional Genebra 2, convocada para 22 de janeiro, "marque o início do desejado caminho de pacificação" na Síria.

O papa expressou o desejo durante a tradicional audiência com o corpo diplomático credenciado no Vaticano no início do ano.

Em seu discurso, o líder católico analisou os conflitos em todo o planeta e citou as "dificuldades políticas no Líbano e no Egito".

Francisco ressaltou seu desejo de que as negociações entre israelenses e palestinos tenham sucesso e mencionou com satisfação "os significativos progressos no diálogo entre o Irã e o Grupo 5+1 sobre a questão nuclear".

Sobre o conflito na Síria, o papa afirmou que é "imprescindível que se respeitem plenamente os direitos humanos", pois "não se pode aceitar que a população civil seja atingida desarmada, principalmente as crianças".

Francisco também pediu à comunidade internacional para "fornecer e garantir, da melhor maneira possível, a necessária e urgente assistência a grande parte da população, sem esquecer os esforços louváveis de países, principalmente de Líbano e Jordânia, que com generosidade acolheram em seus territórios vários refugiados sírios".

O pontífice manifestou sua preocupação com "as dificuldades políticas no Líbano" e pediu "colaboração entre as diversas partes da sociedade civil e as forças políticas".


"Em qualquer lugar, o caminho para resolver os problemas abertos deve ser a diplomacia do diálogo", acrescentou.

Em relação às negociações entre israelenses e palestinos, Francisco espera que as partes assumam "decisões corajosas para encontrar uma solução justa e duradoura para o conflito cujo fim é cada vez mais necessário e urgente".

O papa também expressou preocupação com "o êxodo de cristãos do Oriente Médio e Norte da África" e pelos "atos de intolerância, para não dizer de verdadeira perseguição" que sofrem em muitos países.

Além disso, citou os conflitos na Nigéria e na República Centro-Africana (RCA), onde pediu que a chegada de ajuda humanitária fosse garantida.

Por ocasião do 50º aniversário das relações diplomáticas com a República da Coreia, o pontífice implorou pela "reconciliação de toda a península, com o desejo de que, pelo bem de todo o povo coreano, as partes interessadas não se cansem de buscar diálogos e possíveis soluções".

Francisco também falou com os embaixadores sobre "a grande quantidade de imigrantes que saem da América Latina rumo aos Estados Unidos" e "os que deixam a África e o Oriente Médio e buscam refúgio na Europa".

Francisco pediu aos países receptores "responsabilidade fraterna" diante do que considerou "indiferença generalizada a tragédias semelhantes". 

*Atualizada às 11h07 do dia 13/01/2014

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