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Papa critica quem sente compaixão por bicho e ignora vizinho

Papa alertou que não se deve confundir a piedade com a comiseração hipócrita


	Francisco: “quantas vezes vemos pessoas que cuidam de gatos e cães e depois deixam sem ajuda o vizinho que passa fome?”
 (Stefano Rellandini / Reuters)

Francisco: “quantas vezes vemos pessoas que cuidam de gatos e cães e depois deixam sem ajuda o vizinho que passa fome?” (Stefano Rellandini / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2016 às 16h47.

Vaticano - O papa Francisco lamentou que algumas pessoas sintam compaixão pelos animais, mas depois mostrem indiferença perante as dificuldades de um vizinho, em uma reflexão sobre o conceito de piedade, durante audiência na Praça de São Pedro.

Francisco falava perante dezenas de milhares de pessoas, debaixo de chuva, naquilo a que se chama uma audiência jubilar, cerimônia que se realiza um sábado por mês, e alertou que não se deve confundir a piedade com a comiseração hipócrita.

O papa disse que é preciso “não confundir a piedade com a comiseração, que consiste apenas em uma emoção superficial, que não se preocupa com o outro”, afirmou.

E perguntou: “Quantas vezes vemos pessoas que cuidam de gatos e cães e depois deixam sem ajuda o vizinho que passa fome?”

“Não se pode confundir com a compaixão pelos animais, que exagera no interesse para com eles, enquanto fica indiferente perante o sofrimento do próximo”, acrescentou.

O papa explicou aos fiéis que, para Jesus, sentir piedade é “compartilhar a tristeza de quem se encontra, mas, ao mesmo tempo, agir na primeira pessoa para transformá-la em alegria”.

Francisco apelou ao cultivo da piedade, “sacudindo de cima [de si próprios] a indiferença” que impede cada um de reconhecer o sofrimento dos outros e libertando-se da “escravatura do bem-estar material”.

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