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Papa critica manipulação de realidade e convida jovens a se comunicar

Papa criticou os que caluniam para "manipular a realidade"

Papa Francisco:  Papa criticou os que caluniam para "manipular a realidade" (Ricardo Rojas/Reuters)

Papa Francisco: Papa criticou os que caluniam para "manipular a realidade" (Ricardo Rojas/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de março de 2018 às 09h51.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco criticou neste domingo os que caluniam para "manipular a realidade" e silenciar assim "as vozes dissonantes" e encorajou os jovens a não ficar calados, na missa de Domingo de Ramos, com a qual inicia a Semana Santa.

O pontífice relembrou a entrada de Jesus de Nazaré em Jerusalém e explicou que o amparo de seus seguidores despertou o "nojo e irritação" de alguns que, com seu "relato" dominante, fizeram com que o povo acabasse por pedir a execução de Cristo.

"Assim nasce o grito dos que não tremem a voz para gritar: 'Crucifica-o!'. Não é um grito espontâneo, mas o grito armado, produzido, que se forma com o desprestígio, a calúnia, quando se levanta falso testemunho", afirmou perante a praça de São Pedro.

Estas acusações provêm "de quem manipula a realidade e credita um relato à sua conveniência e não tem problema em 'manchar' outros para acomodar-se. O grito dos que não têm problema em buscar os meios para ser mais forte e silenciar as vozes dissonantes".

Deste modo, ressaltou o pontífice, acaba "derrubando a esperança, matando os sonhos, suprimindo a alegria; assim termina blindando o coração, esfriando a caridade".

Francisco especificou que a fabricação deste relato é atual e se dirigiu aos jovens, nesta XXXIII Jornada Mundial diocesana da Juventude, para lembrar-lhes que a alegria que Jesús desperto neles " é motivo de nojo e irritação em alguns ".

"Fazer calar os jovens é uma tentação que sempre existiu (...) Há muitas formas de silenciar e de fazê-los ficar insensíveis. Muitas formas de anestesiá-los e adormecê-los para que não façam 'ruído', para que não perguntem e questionem", disse.

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