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Papa critica 'cegueira interior'

Pontífice falou para 50.000 fiéis que, segundo a guarda vaticana, lotaram a Praça de São Pedro


	Papa Francisco: é um drama a cegueira interior da qual sofrem muitas pessoas
 (Tony Gentile/Reuters)

Papa Francisco: é um drama a cegueira interior da qual sofrem muitas pessoas (Tony Gentile/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2014 às 12h49.

Roma - O papa Francisco voltou, neste domingo, a criticar as pessoas que têm um comportamento 'pouco cristão' e se dedicam a 'falatórios', e pediu que deixem a 'cegueira interior' para caminhar rumo a 'a luz de Jesus' e evitar assim esse tipo de ações.

O pontífice falou para 50.000 fiéis que, segundo a guarda vaticana, lotaram a Praça de São Pedro para presenciar a oração do Ângelus deste quarto domingo de Quaresma.

'É um drama a cegueira interior da qual sofrem muitas pessoas. Que sofremos, porque todos às vezes sofremos de cegueira interior, e todos os fiéis católicos temos, em algumas ocasiões, comportamentos que não são cristãos, que são pecado', explicou.

A passagem do Evangelho à qual Francisco fez menção hoje é a que narra o caso de um cego de nascimento que, após ser curado por Jesus, recebeu crítica dos fariseus, que negavam o milagre.

'O milagre é contado por João em apenas dois pequenos versículos porque o evangelista não quis pôr o ponto de atenção sobre o milagre, mas sobre o que aconteceria depois, sobre a discussão que geraria', acrescentou.

'Por fim, o cego curado consegue crer em Jesus, e esta é a maior graça que Cristo lhe concede. Não só a de lhe devolver a visão, mas fazê-lo crer Nele, que é a luz no mundo', ressaltou.

Francisco lembrou que, 'enquanto o cego se aproxima gradualmente da luz, os fariseus, pelo contrário, vão se afundando cada vez mais na cegueira interior'.

'Fechados na sua presunção, crêem ter já a luz; e por isso não se abrem à verdade de Jesus. Fazem tudo para negar a evidência', disse.

Por causa desta passagem do Evangelho, Francisco explicou aos fiéis que 'nossa vida, às vezes, é igual à desse cego que se abriu à luz' e criticou que, em algumas ocasiões, as pessoas agem como fariseus: 'do alto do nosso orgulho julgamos os outros, até mesmo o Senhor'. EFE

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