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Papa condena ataques islâmicos e diz que são "loucura homicida"

Pontífice argentino reservou suas palavras mais duras para condenar a onda de "terrorismo inspirado por fundamentalismo" em 2016

Papa Francisco: líder da Igreja Católica também reiterou um pedido pela proibição de armas nucleares (Filippo Monteforte/AFP)

Papa Francisco: líder da Igreja Católica também reiterou um pedido pela proibição de armas nucleares (Filippo Monteforte/AFP)

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Reuters

Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 14h15.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco classificou a violência militante islâmica como "loucura homicida" nesta segunda-feira, e disse que líderes mundiais devem melhorar as condições sociais precárias que estimulam o fundamentalismo e a radicalização.

Perante diplomatas de mais de 180 países, o papa também reiterou um pedido pela proibição de armas nucleares, dizendo que experimentos conduzidos pela Coreia do Norte para construir mísseis de longo alcance arriscam desencadear uma nova corrida armamentista nuclear.

Francisco, em seu discurso anual sobre "o estado do mundo", também falou da necessidade de defesa da unificação europeia, assim como maior unidade na luta contra as mudanças climáticas.

O pontífice argentino, de 80 anos, reservou suas palavras mais duras para condenar a onda de "terrorismo inspirado por fundamentalismo" em 2016, listando ataques de militantes islâmicos na Europa, na África, na Ásia e nos Estados Unidos.

"Tristemente, temos consciência que até mesmo hoje em dia, a experiência religiosa, em vez de fomentar uma abertura em relação aos outros, pode às vezes ser usada como pretexto para rejeição, marginalização e violência", disse ele na Sala Régia do Vaticano.

"Estamos lidando com uma loucura homicida que utiliza o nome de Deus em vão para disseminar morte, em busca de dominação e poder. Então eu peço para que todas as autoridades religiosas se unam a mim em reafirmar um pedido inequívoco de que ninguém pode matar em nome de Deus", afirmou o papa.

Francisco disse que a violência inspirada pela religião "é fruto de uma pobreza espiritual profunda, e frequentemente está ligada a significante pobreza social. Isso pode ser derrotado totalmente apenas com a contribuição conjunta de líderes religiosos e políticos, disse.

O papa pediu a líderes de governos que"políticas sociais adequadas de combate à pobreza" e para que investam em educação e cultura.

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