John Key: "A não ser que haja algo ilegal no que esta gente fez, não acho que devemos nos preocupar com este o assunto" (Lee Jae-Won/Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2016 às 09h52.
Sydney - O primeiro-ministro da Nova Zelândia, John Key, minimizou nesta terça-feira a importância das informações que ligam seu assessor legal com a firma panamenha Mossack Fonseca, que teria utilizado o país como peça estratégica na trama revelada pelos papéis do Panamá.
O assessor Ken Whitney, responsável durante anos pelos assuntos legais pessoais de Key, é membro da direção de Rothschild Trust NZ, vinculado ao escritório panamenho, como revelou a investigação jornalística.
A mesma informação indicou que Whitney ofereceu referências a clientes neozelandeses que buscavam fazer negócios com Mossack Fonseca, o que Key considerou como uma conexão insuficiente.
"Parece que estão informando de associações muito pouco convincentes entre vários neozelandeses. A não ser que haja algo ilegal no que esta gente fez, não acho que devemos nos preocupar com este o assunto", disse Key, segundo a "Rádio New Zealand".
Esta emissora, junto com a emissora "TVNZ" e o jornalista Nicky Hager, revelaram ontem que a Nova Zelândia foi um dos principais lugares utilizados por grandes fortunas, sobretudo latino-americanas, para ocultar sua riqueza através da firma panamenha.
Elas teriam aproveitado o entrecruzado de sociedades fictícias e fideicomissos obscuros da Nova Zelândia, assim como seu alto grau de confidencialidade, isenção fiscal e segurança legal.
Esses meios de comunicação revelaram hoje que firmas de advogados neozelandesas que em 2014 defenderam frente ao governo contra a proibição dos fideicomissos estrangeiros tinham extensos vínculos com Mossack Fonseca.
Key afirmou que o departamento de Fazenda achou que menos de 200 fideicomissos neozelandeses têm laços com Mossack Fonseca, e que todos eles foram declarados.