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Panamá: MP pede à Interpol detenção de filhos de ex-presidente

O pedido de detenção dos filhos de Martinelli seria pela "suposta comissão do delito contra a ordem econômica", diz a nota

Odebrecht: Ricardo e Luis Enrique Martinelli teriam recebido mais de 20 milhões de euros através de várias sociedades, segundo as investigações (Janine Costa/Reuters)

Odebrecht: Ricardo e Luis Enrique Martinelli teriam recebido mais de 20 milhões de euros através de várias sociedades, segundo as investigações (Janine Costa/Reuters)

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AFP

Publicado em 13 de fevereiro de 2017 às 21h32.

O Ministério Público especial anticorrupção do Panamá solicitou à Interpol a emissão de um alerta vermelho para detenção para os filhos do ex-presidente Ricardo Martinelli (2009-2014), Ricardo e Luis Enrique Martinelli Linares, acusados de cobrar propina da Odebrecht.

Em nota da Direção de Investigação Judicial da Polícia panamenha, publicada nesta segunda-feira pela imprensa, a procuradora Tania Sterling pede um "alerta vermelho" para "os senhores Ricardo Alberto Martinelli Linares (e) Luis Enrique Martinelli Linares", ambos filhos do ex-governante.

O pedido do MP, datado em 1 de fevereiro, foi confirmado à AFP por uma fonte das investigações na condição de anonimato.

O pedido de detenção dos filhos de Martinelli seria pela "suposta comissão do delito contra a ordem econômica", diz a nota.

Um dos advogados dos filhos de Martinelli, Carlos Carrillo, comentou à AFP que até sexta-feira não havia "nem ordem de detenção nem alerta (à Interpol)".

Segundo o MP, "três sociedades anônimas em que aparecem como beneficiários os filhos do ex-mandatário receberam valores milionários entre 2009 e 2012", publicou o jornal La Estrella do Panamá.

Segundo a publicação, as transferências foram feitas "através de várias empresas offshore que a construtora Odebrecht utilizou para fazer pagamentos indevidos a funcionários públicos ao redor do mundo".

Ricardo e Luis Enrique Martinelli teriam recebido mais de 20 milhões de euros através de várias sociedades, segundo as investigações.

A Odebrecht pagou no Panamá, entre 2010 e 2014, mais de 59 milhões de dólares em subornos em troca de contratos avaliados em mais de 175 milhões de dólares, revelou há semanas o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

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