Navio norte-coreano: ministro da Segurança panamenho disse que a carga parecia se encaixar no que Cuba alegou ser uma série de armas "obsoletas", enviadas a Coreia do Norte para reparo (Carlos Jasso/Reuters)
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2013 às 11h04.
Cólon - Investigadores panamenhos, que retiravam na terça-feira a carga de um navio norte-coreano detido com armas de Cuba sob sacos de açúcar mascavo, encontraram 12 motores para aviões de combate MiG-21 e cinco veículos militares, que autoridades disseram parecer com centros de controle de mísseis.
Investigadores encontraram no início deste mês dois aviões de combate MiG-21 e dois sistemas de radar de mísseis a bordo do navio Chon Gang Chong, que se dirigia para a Coreia do Norte quando foi parado por autoridades do Panamá.
O ministro da Segurança panamenho, José Mulino, disse que a carga parecia se encaixar no que Cuba alegou ser uma série de armas "obsoletas", enviadas a Coreia do Norte para reparo.
O Panamá pediu à Organização das Nações Unidas para adiar o envio de seus investigadores por uma semana, até 12 de agosto, porque o processo de descarregamento da carga encontrada em 100 mil toneladas de açúcar tem levado mais tempo do que o esperado.
Aproximadamente 25 por cento do açúcar foi removido, até agora, disse Mulino.
Investigadores já vasculharam a maior parte de dois compartimentos de armazenagem da embarcação de 155 metros, disse Mulino, mas ainda restam três compartimentos.
O processo envolve cerca de 500 policiais desde 15 de junho, quando agentes panamenhos descobriram o equipamento militar.
De início, eles abordaram o Gang Chon Chong depois de receber uma dica de que transportava drogas, disseram policiais panamenhos. Autoridades cubanas disseram ao Panamá que a carga era uma doação de açúcar para o povo da Coreia do Norte.
Funcionários encontraram a maior parte das armas que Havana disse estarem a bordo, incluindo os dois caças, originalmente produzidos pela União Soviética na década de 1950, e dois sistemas de radar de mísseis.