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Palestinos do Fatah e Hamas tentam salvar governo de união

O Fatah, do presidente palestino, e o movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, iniciaram negociações para tentar relançar governo de unidade


	Homem segura a bandeira palestina: negociações vão durar dois dias
 (Roberto Schmidt/AFP)

Homem segura a bandeira palestina: negociações vão durar dois dias (Roberto Schmidt/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2014 às 14h44.

Cairo - O Fatah, do presidente palestino, Mahmud Abbas, e o movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, iniciaram nesta quarta-feira, no Cairo, negociações para tentar relançar seu frágil governo de unidade.

Esta reunião ocorre um dia depois de palestinos e israelenses concordarem em retomar no fim de outubro suas negociações indiretas para alcançar uma trégua duradoura no enclave palestino.

As negociações entre os funcionários de alto escalão do Fatah e do Hamas durarão dois dias, segundo um jornalista da AFP no local.

As negociações se concentrarão no retorno do governo de unidade "na Faixa de Gaza e no exercício de suas prerrogativas sem obstáculos", afirmou o chefe da delegação do Fatah, Azam al-Ahmad.

Após anos de divisões, o Hamas e a Organização de Libertação da Palestina (OLP), cujo principal membro é o Fatah, assinaram em abril um acordo de reconciliação que em junho deu lugar a um governo de união formado por independentes.

Desde então, a Autoridade Palestina de Abbas acusa regularmente o Hamas de impedir este governo de trabalhar em Gaza, enquanto o movimento islamita critica a Autoridade pela falta de pagamento dos salários de seus aproximadamente 45.000 funcionários em Gaza.

Abbas ameaçou no início de setembro colocar fim à operação com o Hamas, acusado por ele de manter um governo paralelo.

Esta questão é essencial diante da conferência de doadores que será realizada no dia 12 de outubro no Cairo, já que muitas capitais condicionam sua ajuda para a reconstrução de Gaza à presença de um governo de unidade no enclave palestino, uma vez que o Hamas é considerado pelos Estados Unidos e pela União Europeia como um grupo terrorista.

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