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Palestinos condicionam paz ao fim da construção de assentamentos judeus

A afirmação foi feita após os israelenses concordarem com a proposta do Quarteto de Madrid para que um acordo de paz seja estabelecido na região até o fim de 2012

Em comunicado, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu havia dito que ainda tem muitas preocupações em relação à negociação de paz proposta pelo Quarteto de Madrid (Lior Mizrahi/Getty Images)

Em comunicado, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu havia dito que ainda tem muitas preocupações em relação à negociação de paz proposta pelo Quarteto de Madrid (Lior Mizrahi/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2011 às 16h44.

Ramala - Autoridades palestinas disseram neste domingo que a volta das negociações de paz só poderá acontecer quando Israel deixar de construir assentamentos em território árabe.

A afirmação foi feita após os israelenses concordarem com a proposta do Quarteto de Madrid (composto por Estados Unidos, União Européia, Rússia e ONU) para que um acordo de paz seja estabelecido na região até o fim de 2012.

O porta-voz da presidência da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Nabil Abu Radaina, disse que o "retorno das negociações requer o compromisso de Israel em suspender as atividades nos assentamentos e reconhecer as fronteiras de 1967 (anteriores à Guerra dos Seis Dias)".

"Israel precisa se comprometer sem reservas às resoluções internacionais como o Mapa do Caminho, as decisões da ONU e a Iniciativa de Paz Árabe", afirmou o porta-voz.

Em comunicado, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu havia dito que ainda tem muitas preocupações em relação à negociação de paz proposta pelo Quarteto de Madrid. Para o dirigente palestino, essa reserva significa resistência aos acordos internacionais.

Um dirigente do Comitê Central da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Abas Zaki, reiterou a posição palestina contra os assentamentos:

"As colônias judias e a paz são duas linhas paralelas que não podem encontrar-se. É inaceitável que nos rendamos quando o mundo nos apóia", afirmou Zaki.

Na terça-feira passada, Israel chegou a anunciar o projeto de construção de 1.100 casas no assentamento judeu de Guiló, na Jesusalém Oriental, localidade anexada a Israel em 1967.

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