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Palestinos aderem a acordo do Tribunal Penal Internacional

A medida, que deverá irritar Israel e os Estados Unidos, abre caminho para o tribunal ter jurisdição sobre os crimes cometidos nos territórios palestinos


	Mahmoud Abbas: medida abre caminho para investigar a conduta dos líderes israelenses e palestinos
 (Abbas Momani/AFP)

Mahmoud Abbas: medida abre caminho para investigar a conduta dos líderes israelenses e palestinos (Abbas Momani/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2014 às 15h53.

Ramallah - O presidente palestino, Mahmoud Abbas, assinou 20 acordos internacionais nesta quarta-feira, incluindo o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, um dia depois de ter uma proposta de resolução rejeitada no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.

A medida, que deverá irritar Israel e os Estados Unidos, abre caminho para o tribunal ter jurisdição sobre os crimes cometidos nos territórios palestinos e investigar a conduta dos líderes israelenses e palestinos ao longo de mais de uma década de conflito sangrento.

"Eles nos atacam e atingem nossa terra todos os dias e para quem podemos reclamar? O Conselho de Segurança nos decepcionou - onde devemos ir?", disse Abbas a um grupo de líderes palestinos em comentários transmitidos pela televisão oficial.

"Queremos apelar a instituições internacionais, e esta é uma delas, e vamos reclamar para eles", acrescentou, antes de assinar os documentos.

Nos meses que antecederam a tentativa de aprovação de uma resolução na ONU, que fracassou na noite de terça-feira, a Suécia reconheceu o Estado palestino e os parlamentos de França, Grã-Bretanha e Irlanda aprovaram moções de cumprimento não obrigatório instando seus governos a fazer o mesmo.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reagiu ao ato palestino desta quarta-feira.

"Vamos tomar medidas em resposta a isso e defenderemos os soldados de Israel", disse Netanyahu em um comunicado.

Na terça-feira, o Conselho de Segurança da ONU rejeitou um projeto de resolução dos palestinos que pedia um acordo de paz em 12 meses e a retirada de Israel dos territórios palestinos ocupados até o fim de 2017.

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