Mundo

Palestina pede que países da América não mudem embaixadas para Jerusalém

Presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, alegou que a transferência, já feita pelos EUA, contradiz a legalidade internacional

Abbas: "Nós reafirmamos nosso interesse de fazer negociações sérias com Israel com base nas resoluções, na legalidade internacional" (Issam Rimawi/Reuters)

Abbas: "Nós reafirmamos nosso interesse de fazer negociações sérias com Israel com base nas resoluções, na legalidade internacional" (Issam Rimawi/Reuters)

E

EFE

Publicado em 7 de maio de 2018 às 19h47.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, pediu nesta segunda-feira aos países da América que não transfiram suas embaixadas para Jerusalém, como fizeram os Estados Unidos, que inaugurarão sua missão diplomática em Israel nesta cidade na próxima segunda-feira.

"Esperamos que alguns países do continente americano não transfiram suas embaixadas a Jerusalém por contradizer a legalidade internacional", disse o líder palestino em Caracas durante a assinatura de acordos com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Abbas reiterou que a parte oriental do Jerusalém "é uma cidade ocupada desde 1967" e "é a capital do Estado Palestino, o que é respeitado pela maioria dos países do mundo".

O presidente americano, Donald Trump, prometeu em dezembro do ano passado que transferiria a embaixada de seu país de Tel Aviv a Jerusalém, uma decisão que representa um desafio ao consenso internacional de não reconhecer nenhuma soberania na cidade até que israelenses e palestinos alcancem um acordo de paz.

Atualmente, nenhum país tem embaixada em Jerusalém, onde só mantêm consulados, por entender que isto significaria uma aceitação da soberania israelense da cidade, cuja parte oriental é considerada pela comunidade internacional território palestino ocupado por Israel.

Nesse sentido, o líder palestino celebrou "a posição venezuelana que repudia o anúncio do governo americano".

"Nós reafirmamos nosso interesse de fazer negociações sérias com Israel com base nas resoluções, na legalidade internacional e na importância de formar um instrumento internacional multilateral e seguir trabalhando para que se aceite a Palestina como país pleno", salientou.

A Casa Branca informou hoje que Trump não viajará a Jerusalém para inaugurar a nova embaixada americana, mas que enviará em seu lugar sua filha, Ivanka Trump, e seu marido, Jared Kuschner.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDiplomaciaEstados Unidos (EUA)Palestina

Mais de Mundo

Argentina registra décimo mês consecutivo de superávit primário em outubro

Biden e Xi participam da cúpula da Apec em meio à expectativa pela nova era Trump

Scholz fala com Putin após 2 anos e pede que negocie para acabar com a guerra

Zelensky diz que a guerra na Ucrânia 'terminará mais cedo' com Trump na Presidência dos EUA