Mundo

Palestina culpa Israel e EUA por massacre durante protestos em Gaza

A Autoridade Palestina afirmou que solicitou a proteção internacional por parte do Conselho de Segurança e do Conselho de Direitos Humanos da ONU

Gaza: cerca de 60 palestinos morreram durante os protestos de ontem (14) na Faixa de Gaza (Mohamad Torokman/Reuters)

Gaza: cerca de 60 palestinos morreram durante os protestos de ontem (14) na Faixa de Gaza (Mohamad Torokman/Reuters)

E

EFE

Publicado em 15 de maio de 2018 às 11h54.

Jerusalém - O Executivo palestino responsabilizou nesta terça-feira o "Governo de ocupação israelense" e o dos Estados Unidos pela morte ontem de 60 cidadãos nos protestos junto à fronteira, o que qualificou de "massacre".

Em comunicado, o gabinete - presidido pelo primeiro-ministro palestino, Rami Hamdallah - condenou "o brutal massacre feito pelas forças de ocupação israelenses" contra as dezenas de milhares de manifestantes que compareceram à divisa (40 mil, segundo o Exército israelense), fatos nos quais houve, além disso, 2.771 feridos, a metade por bala, e, entre eles, mais de 200 menores.

O Governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP) afirmou que levará perante a Corte Penal Internacional o que considera "crimes de guerra israelenses" e voltou a solicitar proteção internacional para seu povo por parte do Conselho de Segurança e do Conselho de Direitos Humanos da ONU, ao qual demandou o envio de uma missão internacional de investigação.

Também manifestou rejeição à participação ontem de países europeus como Romênia, Hungria, República Tcheca e Áustria na cerimônia de abertura da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, contra a posição oficial adotada pela União Europeia (UE).

O Executivo elogiou as decisões dos governos da África do Sul e da Turquia de chamar para consultas os embaixadores em Israel como forma de protesto pela violência registrada na segunda-feira.

Além disso, o gabinete pediu à comunidade internacional que assuma "sua responsabilidade histórica com relação ao povo palestino" e aplique "todas as resoluções das Nações Unidas" relativas ao estabelecimento de um Estado palestino próprio, nas fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém Leste, e que englobe o retorno de refugiados.

Acompanhe tudo sobre:Autoridade PalestinaConflito árabe-israelenseEstados Unidos (EUA)Faixa de GazaIsraelMortesONUPalestinaProtestos no mundo

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru