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Palestina apela para que Brasil coopere com a paz

Malki agradeceu o apoio do Brasil ao reconhecimento da Palestina como Estado independente e autônomo


	Palestinas fogem de bombas: as relações econômicas entre o Brasil e a Palestina têm potencial de crescimento, segundo o Ministério das Relações Exteriores
 (Uriel Sinai/ Getty Images)

Palestinas fogem de bombas: as relações econômicas entre o Brasil e a Palestina têm potencial de crescimento, segundo o Ministério das Relações Exteriores (Uriel Sinai/ Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2012 às 14h57.

Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reiterou hoje (15) ao chanceler da Palestina, Riad Malki, o empenho do Brasil na busca pela paz e o diálogo no Oriente Médio. Na conversa, Patriota ressaltou que é necessário manter os esforços independentemente das eleições em quaisquer países da região. Malki relatou sobre os ataques a crianças em escolas e a agricultores palestinos que estão na colheita de olivas.

Malki agradeceu o apoio do Brasil ao reconhecimento da Palestina como Estado independente e autônomo. Em vários discursos, a presidenta Dilma Rousseff mencionou o assunto e Patriota tem reforçado o tema em reuniões. Para as autoridades brasileiras, as negociações entre as partes devem ser conduzidas sem ameaças à segurança na região. Em seus discursos, Dilma Rousseff diz que o reconhecimento da Palestina é a única solução de paz entre israelenses e palestinos.

Malki destacou que recebia o brasileiro com alegria e entusiasmo e pediu que seja mantida a cooperação com a Palestina. O chanceler brasileiro tem ainda hoje reuniões com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, com o primeiro-ministro Salam Fayyad e o negociador-chefe da Organização para Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat.

Patriota está em Ramalah. Nos diálogos, além dos esforços em busca da paz, o chanceler leva a mensagem da presidenta Dilma Rousseff em favor do desarmamento nuclear e da não proliferação de armas nucleares.

O Brasil defende a criação de uma zona livre de armas de destruição em massa no Oriente Médio. É primeira visita de um chanceler brasileiro desde o reconhecimento, pelo país, da Palestina como Estado, em dezembro de 2010.

O chanceler deverá conversar também sobre projetos de cooperação em áreas como saúde, urbanismo e agricultura. As relações econômicas entre o Brasil e a Palestina têm potencial de crescimento, segundo o Ministério das Relações Exteriores.

Em 2011, primeio ano de registro, o intercâmbio comercial foi US$ 15,8 milhões. No primeiro semestre de 2012, chegou a US$ 10,6 milhões. Um acordo de livre comércio Mercosul-Palestina, firmado em 2011, possibilitará o fortalecimento dessas relações, segundo os negociadores brasileiros e palestinos.

Ontem (14), Patriota encerrou a visita a Israel. Na conversa com o presidente israelense, Shimon Peres, ele colocou o Brasil à disposição para mediar a paz no Oriente Médio. Lembrou que o Brasil é país sem inimigos tendo, portanto, condições de colaborar com as negociações para o fim do conflito.

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