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Palácio nega que Charles comparou função de rei a prisão

Tese da revista Time de que príncipe Charles teria comparado reinado a uma prisão foi desmentida pelo palácio e suavizada pela autora do artigo

O príncipe Charles: "não é a posição do príncipe de Gales e não deve ser atribuída a ele", disse porta-voz (Leon Neal/AFP)

O príncipe Charles: "não é a posição do príncipe de Gales e não deve ser atribuída a ele", disse porta-voz (Leon Neal/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2013 às 12h45.

Londres - A tese da revista Time, muito divulgada pela imprensa britânica, de que o príncipe Charles se prepara sem entusiasmo para ser rei, condição que teria comparado a uma "prisão", foi desmentida nesta sexta-feira pelo palácio e suavizada pela autora do artigo.

Em um longo perfil anunciado na capa da revista, com o título "Príncipe esquecido", a jornalista Catherine Mayer escreve que Charles já contempla a tarefa esmagadora que representará sua futura função, à medida que a rainha Elizabeth II delega cada vez mais suas tarefas.

O príncipe de Gales, que se prepara há 64 anos para o futuro trabalho como rei, deve pela primeira vez representar a mãe, de 87 anos, na próxima reunião da Commonwealth (Comunidade Britânica) em Colombo, em novembro.

A jornalista, que afirma ter entrevistado Charles em mais de 50 pessoas próximas ao príncipe e colaboradores, destaca que ele "aceita sem felicidade as responsabilidades ampliadas", interessado antes de mais nada em suas obras de caridade.

"Encontrei um homem que, ao contrário da caricatura, não arde por chegar ao trono, mas que está impaciente por fazer o máximo antes que, segundo a expressão de um membro de seu entorno, se fechem as portas da prisão", destacou.

A frase foi amplamente divulgada pela imprensa britânica, mas não agradou o Palácio.

"Não é a posição do príncipe de Gales e não deve ser atribuída a ele, pois não disse estas palavras", afirmou um porta-voz de Clarence House.

"O príncipe tem apoiado devidamente a rainha por toda sua vida. Seus compromissos oficiais e os trabalhos de caridade sempre aconteceram de maneira paralela", completou.

A autora do artigo admitiu que tentou dar um pouco mais de tempero ao perfil.

"O único sentimento de perda de liberdade é o de uma perda de disponibilidade", afirmou Catherine Mayer ao canal Skynews.

"O príncipe Charles é um dos maiores filantropos do mundo, está realmente apaixonado por suas atividades de caridade, que deixam pouco tempo. Ele acorda muito cedo e trabalha até tarde da noite. O problema se existe, é ver como administra o tempo na medida que representa cada vez mais a rainha", acrescentou.

"Com certeza não foi o príncipe, ele não disse aquilo e não diria aquilo".

"Não é a opinião dele. A frase falava sobre a restrição de tempo, a pessoa em questão não está, de nenhuma maneira, sugerindo que ele considera ser monarca como uma prisão. Isto seria completamente inexato", concluiu.

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