ONU: as Nações Unidas têm atualmente em vigor uma ampla bateria de sanções contra a Coreia do Norte (Lucas Jackson/Reuters)
EFE
Publicado em 28 de novembro de 2017 às 21h48.
Nações Unidas - Japão, Coreia do Sul e os Estados Unidos pediram nesta terça-feira uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para analisar o último lançamento de um míssil balístico por parte da Coreia do Norte.
O encontro vai acontecer nesta quarta-feira, por volta das 16h30 de Nova York (19h30 de Brasília), segundo a delegação americana nas Nações Unidas.
Ao contrário de outras ocasiões, a reunião sera realizada a portas abertas, e os países membros terão a oportunidade de manifestar seu ponto de vista em público.
Habitualmente, as sessões de emergência do Conselho de Segurança que ocorrem a cada teste armamentista norte-coreano acontecem em privado.
As Nações Unidas têm atualmente em vigor uma ampla bateria de sanções contra a Coreia do Norte em resposta a seus programas nucleares e de mísseis.
Os EUA e seus aliados defenderam nos últimos meses a necessidade de endurecer ainda mais a pressão sobre Pyongyang para fazer com que desista do desenvolvimento desse tipo de arma.
O representante do Japão na ONU, Koro Bessho, condenou hoje o teste norte-coreano e afirmou que se trata de uma ação "muito preocupante".
"Condenamos publicamente. Dissemos aos norte-coreanos que criticamos seu comportamento", disse Bessho na sede das Nações Unidas.
O diplomata ressaltou que o teste, o primeiro realizado por Pyongyang em mais de 70 dias, é "muito preocupante".
Outro diplomata, o britânico Matthew Rycroft, disse que, caso se confirme, o teste é "outro ato temerário de um regime mais preocupado em construir a sua capacidade de mísseis balísticos do que cuidar de seu povo".
Segundo as autoridades de Seul, a Coreia do Norte disparou hoje um míssil balístico com direção ao Mar do Japão.
O governo japonês informou que o projétil teria voado por 50 minutos e caído no mar a 210 quilômetros do litoral da prefeitura (província) de Aomori, no norte do país.
O chefe do Pentágono, James Mattis, alertou que o míssil alcançou uma altitude maior que a de qualquer um dos anteriores lançados pela Coreia do Norte, por isso põe em "risco a paz mundial e regional".